A Espanha anunciou nesta quarta-feira que pretende congelar ativos da Líbia no país, tornando-se o último de uma série de governos ocidentais a anunciar medidas similares contra os negócios ligados ao regime do governante Muamar Kadafi. O governo espanhol informou que o valor exato envolvido ainda não está claro, mas os ativos incluem uma propriedade de 6.500 hectares em Málaga, no sul espanhol. O lote de terras foi comprado pelo governo líbio há mais de 20 anos e estão em construção na área cerca de 2 mil casas e um campo de golfe.
A chefe do departamento de serviços públicos do governo regional da Andaluzia, Josefina Cruz, disse a repórteres que os direitos de propriedade da terra serão suspensos, para que o regime líbio não possa vender ou alugar as terras. Segundo reportagens da imprensa local, os ativos da Líbia na Espanha são relativamente pequenos, em comparação com outros países. Eles incluem propriedades espanholas e o Aresbank, um pequeno banco que concede empréstimos e que foi reestruturado nos últimos anos.
Alemanha e Áustria anunciaram ontem restrições similares. Berlim congelou 2 milhões de euros de um filho de Kadafi em um banco alemão. Já o Banco Central da Áustria teria congelado US$ 1,6 bilhão em ativos líbios ligados a Kadafi e sua família. Também ontem, o governo britânico revelou que descobriu um plano de Kadafi para transferir o equivalente a US$ 1,38 bilhão em novas notas emitidas no país do norte africano para o Reino Unido.
Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira o congelamento de US$ 30 bilhões do regime líbio, além de anunciar sanções. Kadafi enfrenta protestos pelo país pelo fim de seu regime de mais de quatro décadas, e a comunidade internacional condena a violenta repressão oficial. Na segunda-feira, o Reino Unido anunciou que congelaria cerca de US$ 1,6 bilhão em ativos líbios. As informações são da Dow Jones.
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