O Comitê Nobel lamentou nesta sexta-feira a morte do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, considerado "um dos maiores nomes na longa história do Prêmio Nobel da Paz".
Em 1993, Mandela compartilhou o prêmio Nobel da paz com o último presidente do apartheid, Frederick de Klerk, por contribuir com o fim do regime racista.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o organismo norueguês mostrou sua "profunda gratidão" a Mandela, que morreu na quinta-feira aos 95 anos, por sua "histórica contribuição à realização dos elevados ideais da vontade de Alfred Nobel".
"Ambos mostraram grande integridade pessoal e coragem política elegendo o caminho da negociação e da reconciliação. A maior parte do crédito é sem dúvida para Nelson Mandela, que após 27 anos na prisão decidiu se concentrar nas possibilidades do futuro ao invés dos horrores do passado", destacou o comitê em comunicado.
Em sua qualidade de presidente da "nova África do Sul, Mandela "mostrou o caminho para os direitos humanos e a democracia, apelando a várias gerações de todo o mundo". "Seu trabalho apresenta uma mensagem também hoje em dia a todos aos que têm responsabilidade em conflitos aparentemente sem solução: inclusive os conflitos mais amargos podem ser solucionados por meios pacíficos", ressaltou o comunicado.
O Centro do Nobel da Paz em Oslo habilitou uma sala para que que os que desejem possam expressar por escrito suas condolências pela morte de Mandela.
- Papa: "Mandela promoveu a dignidade humana de todos os cidadãos do mundo"
- "Mandela era meu prisioneiro e meu pai", se emociona carceiro
- Desmond Tutu celebra missa em homenagem a Nelson Mandela
- COI agradece Mandela por usar o esporte para fazer o bem
- Presidente da África do Sul dá detalhes do funeral de Nelson Mandela
- Filhas de Mandela souberam da morte de pai em estreia de filme sobre ele
- Morre Mandela, o homem que derrotou o Apartheid
- Confira frases memoráveis do líder negro Nelson Mandela
- Madiba inspirou milhões, diz o presidente dos EUA