Fila para prestar homenagens a Mandela em Pretória| Foto: REUTERS/Mujahid Safodien
Corpo de Mandela será velado até sexta-feira
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O corpo de Nelson Mandela foi transferido de novo ao Hospital Militar de Pretória após ter permanecido nesta quarta-feira na capela instalada na sede do Governo sul-africano, na capital do país.

A fila para passar dois segundos ao lado do corpo de Nelson Mandela demorava até seis horas, enfrentados com resignação, em baixo de sol forte, por milhares de sul-africanos.

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Após enfrentar a fila, as pessoas tinham de embarcar em ônibus que os levavam, ladeira acima, até o prédio, no topo de uma colina que domina toda a cidade.

O caixão foi tirado do Union Buildings, como é conhecida a sede governamental, às 17h30 local (12h30, em Brasília), após permanecer no local durante quase nove horas, seis delas abertas ao público.

Na quinta e na sexta-feira, os restos mortais de Mandela voltarão ao edifício do Governo sul-africano, que poderá ser visitado durante o dia todo até que, pela tarde, sejam devolvidos ao hospital militar de Pretória.

Dezenas de ônibus levaram cidadãos desde o centro de Pretória até o velório, por onde passaram 2 mil pessoas por hora.

Para entrar, não era necessário se identificar, embora era exigido que não fossem utilizadas câmeras de foto e que os telefones celulares fossem desligados.

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Momentos antes de entrar, uma jovem de Cidade de Cabo explicava à Agência Efe que queria se despedir de Madiba, como Mandela é conhecido na África do Sul.

"Tinha quatro anos quando Mandela ganhou as eleições, foi um homem importante em minha vida".

"É muito triste nosso herói morto, especialmente quando sabemos que não haverá ninguém como ele", disse à Agência Efe Fotunate Baloyi, quando retornava para casa do velório.

"Foi muito emocionante. O caixão está destapado para que sejam vistos seu rosto e parte do corpo, e está com uma das inconfundíveis camisas que costumava vestir", relatou à Agência Efe Tyrone Morris, um sul-africano que já teve a oportunidade de se despedir de seu herói.

Uma hora antes da chegada dos cidadãos, o pátio do edifício se transformou em um desfile de chefes de Estado, líderes e personalidades.

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O caixão ficou em um pátio sob um arco instalado no anfiteatro da sede governamental, no exterior, guardado por quatro militares uniformizados de branco e por três coroas gigantescas de rosas dessa mesma cor.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, acompanhado de Graça Machel, viúva de Mandela, e sua segunda esposa, Winnie, precederam ao desfile de autoridades às 11h local (7h, em Brasília).

O corpo de Mandela, que morreu em 5 de dezembro, aos 95 anos, permanecerá nos Union Buildings por três dias, mas a cada noite será levado de volta para o hospital militar. No sábado, o corpo do líder será levado de avião para a vila de Qunu, onde Mandela cresceu e passou boa parte da infância, na província do Cabo Oriental. Ele será enterrado no domingo.