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Intolerância

França caça suspeitos de atentado contra jornal de Paris

Cherif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos de participar do ataque, estão foragidos. As fotos foram divulgadas pelas autoridades francesas | Divulgação
Cherif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos de participar do ataque, estão foragidos. As fotos foram divulgadas pelas autoridades francesas (Foto: Divulgação)
Mulher lê o ultimo número do Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira (7) |

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Mulher lê o ultimo número do Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira (7)

Bandeiras da França indicam luto na frente da Assembleia Nacional, em Paris |

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Bandeiras da França indicam luto na frente da Assembleia Nacional, em Paris

Franceses foram às ruas de Paris para homenagear os mortos |

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Franceses foram às ruas de Paris para homenagear os mortos

Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris |

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Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris

O presidente francês, François Hollande, em pronunciamento nesta quarta-feira |

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O presidente francês, François Hollande, em pronunciamento nesta quarta-feira

Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque |

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Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque

Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado |

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Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado

A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque |

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A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque

Equipes de resgate, logo após o atentado |

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Equipes de resgate, logo após o atentado

Francês homenageia mortos no atentado |

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Francês homenageia mortos no atentado

Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal |

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Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal

Manifestantes fazem vigília em Paris |

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Manifestantes fazem vigília em Paris

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o vice-presidente Joe Biden, e a secretária de Estado Susan Rice durante entrevista sobre o atentado em Paris |

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o vice-presidente Joe Biden, e a secretária de Estado Susan Rice durante entrevista sobre o atentado em Paris

Flores, velas e um cartaz com a inscrição

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Flores, velas e um cartaz com a inscrição

Flores na frente da embaixada da França em Washington |

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Flores na frente da embaixada da França em Washington

Britânicos também foram às ruas de Londres para se solidarizar com as vítimas do ataque em Paris |

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Britânicos também foram às ruas de Londres para se solidarizar com as vítimas do ataque em Paris

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Cidadão deposita flores em frente à Embaixada da França em Berlim, Alemanha. Em todo o mundo houve manifestações de pesar pelo atentado e também em favor da liberdade de expressão e de imprensa |

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Cidadão deposita flores em frente à Embaixada da França em Berlim, Alemanha. Em todo o mundo houve manifestações de pesar pelo atentado e também em favor da liberdade de expressão e de imprensa

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A polícia francesa prossegue nesta quinta-feira (8) com a caçada a dois irmãos suspeitos de matar 12 pessoas em um jornal semanal de Paris, em um suposto atentado de militantes islâmicos que os líderes nacionais e nações aliadas qualificaram como ataque à democracia.

Dois suspeitos do ataque contra a redação do jornal Charlie Hebdo estão se direcionando para Paris em um carro Clio, após serem vistos no início do dia no norte da França, afirmou o jornal Le Figaro. Tiros foram disparados contra um posto de gasolina, onde os suspeitos foram vistos, de acordo com outros relatos. A placa no carro é falsa e helicópteros estão sobrevoando a área de acordo com Le Figaro.

A polícia divulgou fotos dos dois cidadãos franceses foragidos, dizendo que são "armados e perigosos": os irmãos Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, que já estavam antes sob vigilância dos serviços de segurança.

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O semanário Charlie Hebdo é bem conhecido por satirizar o islamismo e outras religiões, bem como figuras políticas.

Militantes islâmicos vinham repetidamente ameaçando França com ataques por causa de suas ações militares em redutos de radicais islamitas no Oriente Médio e na África, o que levou o governo a reforçar as suas leis antiterrorismo no ano passado.

O primeiro-ministro Manuel Valls disse que a França enfrenta uma ameaça terrorista "sem precedentes" e confirmou que os dois irmãos eram conhecidos dos serviços de segurança. Mas ele acrescentou que ainda é muito cedo para dizer se as autoridades subestimaram a ameaça que eles representavam.

"Por eles serem conhecidos, eram seguidos", disse Valls à rádio RTL, acrescentando: "Temos de pensar nas vítimas. Hoje é um dia de luto."

No total, sete pessoas foram presas desde o ataque, disse ele. Fontes policiais disseram que os detidos são em sua maioria conhecidos dos dois principais suspeitos. Uma fonte disse que um dos irmãos tinha sido identificado pelo documento de identidade, deixado no carro de fuga.

Na quarta-feira, um homem de 18 anos de idade, Hamyd Mourad, entregou-se à polícia em Charleville-Mézières, cerca de 230 quilômetros a nordeste de Paris, perto da fronteira com a Bélgica, enquanto a polícia antiterrorismo realizava buscas em Paris e nas cidades de Reims e Estrasburgo, no nordeste da França. A imprensa francesa citou amigos dizendo que ele estava na escola no momento do ataque.Cherif Kouachi ficou 18 meses na prisão sob a acusação de associação criminosa relacionada com uma ação terrorista em 2005. Ele fazia parte de uma célula islâmica que alistava cidadãos franceses em uma mesquita no leste de Paris para que fossem ao Iraque combater os norte-americanos. Ele foi preso antes de partir para o Iraque.

Sangue frioImagens de uma câmera durante o ataque mostram um dos agressores diante da redação do Charlie Hebdo gritando "Allahu Akbar!" (Deus é grande) enquanto tiros eram disparados.

Outro caminhou calmamente até um policial ferido deitado na rua e atirou nele com um fuzil de assalto. Os dois homens, em seguida, entraram em um carro preto e fugiram.Em outro vídeos, os homens são ouvidos gritando em francês: "Matamos Charlie Hebdo. Vingamos o profeta Maomé."

O Charlie Hebdo causou polêmica no passado com cartuns satíricos de líderes políticos e religiosos de todos os credos e também publicou numerosas caricaturas ridicularizando o profeta Maomé. Jihadistas ameaçaram o semanário na Internet, dizendo que pagaria pela zombaria.

O último tuíte da publicação zombou de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo Estado Islâmico, que tomou o controle de grandes áreas do Iraque e na Síria e fez um chamado para ataques de "lobos solitários" em solo francês.

Por toda a França dezenas de milhares de pessoas participaram de manifestações improvisadas e vigílias na quarta-feira à noite, em memória das vítimas - entre as quais alguns dos mais proeminentes e amados cartunistas políticos da França - e em apoio à liberdade de expressão.

O ataque

Os terroristas chegaram pouco depois das 11 horas locais (7 horas em Brasília) à sede do Charlie Hebdo. Eles estavam mascarados e com fuzis AK-47. Chamaram pelo nome os chargistas e colunistas do jornal e dispararam contra eles.

Ao deixarem o prédio, um deles executou um policial na rua. Durante a fuga, teriam gritado "Alá é grande" e "vingamos o profeta", o que é considerado uma alusão à publicação pela revista de caricaturas de Maomé.

Eles fugiram em um Citroën C1 de cor preta, que abandonaram em seguida. O policial Rocco Contento descreveu o interior do prédio como uma "carnificina" após o ataque.

Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa. "Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.

Vítimas

Cinco chargistas foram mortos: o diretor do Charlie Hebdo, Stéphane Charbonnier (conhecido com Charb); Jean Cabu; Bernard Verlhac (conhecido como Tignous); Phillippe Honoré; e George Wolinski (um dos mais conceituados quadrinistas do mundo).

As outras vítimas foram o colunista e economista do Banco da França Bernard Maris; o revisor do jornal Mustapha Ourad; a psicanalista e colunista Elsa Cayat; um funcionário de outra empresa, que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau; Michel Renaud, que visitava o Charlie Hebdo; e dois policiais, Franck Brinsolaro (morto dentro do prédio) e Ahmed Merabet, executado na rua, quando os atiradores fugiam.

Ameaças

O Charlie Hebdo foi alvo de várias ameaças por causa da publicação de caricaturas do profeta Maomé e de outros desenhos controversos.

Desde 2011, quando a sede da revista foi alvo de ataque à bomba horas antes de uma edição com uma charge do profeta Maomé ir às bancas, Stéphane Charbonnier andava com escolta de um policial.

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