Uma escritora francesa que acusa o ex-diretor-gerente do FMI Dominque Strauss-Kahn de tentar estuprá-la em 2003 negou na quarta-feira que tenha sofrido pressões políticas para denunciar o político socialista.

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Tristane Banon, 32 anos, abriu na semana passada um processo relacionado ao incidente que ela diz ter acontecido quando entrevistava o então ministro francês das Finanças num apartamento vazio em Paris.

Muitos questionam o fato de ela ter esperado oito anos para fazer a denúncia contra Strauss-Kahn, que em maio renunciou à direção do Fundo Monetário Internacional depois de ser preso em Nova York pela acusação de crime sexual contra uma camareira de hotel.

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Ele acabou sendo libertado e agora aguarda a conclusão do processo nos EUA, mas o caso praticamente sepultou sua candidatura a presidente da França em 2012 pelo Partido Socialista - até então, ele era considerado o favorito na disputa.

Strauss-Kahn se diz inocente da acusação em Nova York e também da queixa de Banon, contra quem ele abriu um processo por difamação.

A escritora e jornalista, em sua primeira aparição na TV desde o início da ação judicial, negou qualquer motivação política na sua decisão, e contestou as acusações de que ela estaria buscando se promover.

'As pessoas que me conhecem sabem que não sou instável nem estou sendo manipulada, seja pelo prefeito da minha cidade ou por partidos políticos de esquerda ou direita', afirmou ela ao canal de TV France 2.

'Se eu estivesse fazendo isso para obter publicidade, seria uma forma muito custosa de fazê-lo', disse Banon, de maneira calma.

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Ela afirmou que na época dos fatos ouviu de advogados, de jornalistas e da sua mãe, vereadora pelo Partido Socialista, o conselho de não denunciar o caso à Justiça.

Banon foi ouvida na segunda-feira no inquérito policial sobre o caso.