O governo argentino pediu na quinta-feira à Justiça a prisão de José Alfredo Martínez de Hoz, que foi ministro da Economia durante o regime militar de 1976-83. A solicitação se baseia em uma decisão da Corte Suprema que anulou o indulto que lhe havia sido concedido na década de 1990.

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Imediatamente, o juiz Norberto Oyarbide comunicou a proibição de que Martínez de Hoz deixe o país, segundo a Secretaria de Direitos Humanos.

Poderoso ministro entre 1976 e 81, ele é acusado de envolvimento no sequestro com extorsão do empresário Federico Gutheim e de seu filho Miguel.

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Gutheim foi capturado em novembro de 1976, por ordem do presidente Jorge Rafael Videla, por supostamente descumprir um contrato de exportação, conforme queixa apresentada por autoridades estrangeiras a Martínez de Hoz. O caso havia sido arquivado devido ao indulto concedido pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-99), agora julgado inconstitucional.

Justificando o pedido de prisão, o secretário nacional de Direitos Humanos, Eduardo Luis Duhalde, afirmou que Martínez de Hoz cometeu "crime de lesa humanidade, o que justifica a ordem de detenção". O acusado nega qualquer envolvimento.

A gestão de Martínez de Hoz como ministro foi marcada por um forte endividamento do país e por uma grave crise econômica.

Estima-se que de 11 mil a 30 mil pessoas tenham sido sequestradas, torturadas e assassinadas durante o regime militar.

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