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Governo da Síria mata ao menos 400 civis em protesto, diz grupo

Forças de segurança do governo da Síria mataram pelo menos 400 civis na tentativa de reprimir os protestos pela democracia que já duram um mês, disse o grupo de direitos humanos sírio Sawasiah nesta terça-feira.

O grupo, fundado pelo advogado especialista em direitos humanos Mohannad al-Hassani que está preso, disse que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) precisa se reunir para iniciar um processo contra funcionários do governo da Síria no Tribunal Penal Internacional e "controlar os órgãos de segurança" do país.

"Esse comportamento selvagem, que tenta manter a classe dominante no poder mesmo que isso signifique acabar com um número cada vez maior de vidas civis, demanda uma ação internacional imediata para além de condenações", disse a Sawasiah em comunicado enviado para a Reuters.

"Os assassinos do regime sírio devem ser responsabilizados pelo que fizeram. Os rios de sangue derramados por esse regime opressor nas últimas quatro décadas chegaram ao limite", afirma o comunicado.

Entre os participantes do conselho do Sawasiah está o professor de filosofia Sadeq Jalal al-Azem cujo livro "Self-criticism after the defeat" (Auto-crítica depois da derrota, em tradução livre) ajudou a preparar a renovação no pensamento político árabe depois da vitória de Israel na guerra do Oriente Médio em 1967.

Separadamente, o Observatório Sírio para direitos humanos disse que a polícia prendeu em sua casa o militante Qassem al-Ghazzawi nesta terça na cidade de Deir al-Zor. Dentro da pobre região leste da Síria, a ação policial aconteceu depois que os protestos se intensificaram na região na semana passada.

O Observatório disse também que Mahmoud Issa, um militante e ex-prisioneiro político foi preso novamente na semana passada na cidade de Homs. Encaminhado a um tribunal militar nesta terça, Issa está sendo acusado por "ter um telefone via satélite Thuraya e um computador avançado".

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