O governo que ocupa o poder em Honduras estendeu o toque de recolher até as 18h (21h em Brasília) deste sábado (25) ao longo da fronteira com a Nicarágua. A medida tem como objetivo evitar a aglomeração de manifestantes que apoiam o presidente deposto, Manuel Zelaya, que aguarda uma resposta das autoridades hondurenhas para tentar novamente regressar ao país.

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Inicialmente, o toque de recolher estava previsto para acabar às 6h deste sábado (9h em Brasília), mas foi prolongado depois que Zelaya cruzou a fronteira e permaneceu duas horas em território hondurenho na tarde de sexta-feira (24).

Após voltar para a Nicarágua, Zelaya continua próximo à fronteira com Honduras à espera de que uma resposta sobre o pedido de retorno. O presidente deposto, no entanto, afirmou desconhecer quanto tempo terá de aguardar um sinal das autoridades no poder.

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Zelaya disse ainda que decidiu voltar à Nicarágua para evitar uma possível onda de violência e mortes provocada pela estada em Honduras. Enquanto o presidente deposto tentava retornar a Honduras, cerca de 4 mil manifestantes entraram em choque com militares que bloqueavam a saída da localidade hondurenha de El Paraíso, a 15 quilômetros da fronteira. O incidente deixou pelo menos dois feridos.

A atitude de Zelaya foi criticada pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Ela chamou o presidente deposto de imprudente e disse que a melhor saída para o impasse é a negociação pacífica. Mediador da crise hondurenha, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, afirmou que o retorno de Zelaya a seu país não é o caminho para chegar à reconciliação.