O grupo islâmico Hamas negou acusações de crimes de guerra apontados em um relatório da ONU e afirmou na quinta-feira que três civis israelenses, mortos por ataques de foguetes disparados por seus membros durante o conflito no ano passado, foram atingidos por engano.
O Hamas disse que a explicação foi parte de sua resposta de 52 páginas a um relatório da Organização das Nações Unidas sobre o conflito com Israel em Gaza no ano passado, preparado pelo jurista Richard Goldstone, que acusou o grupo de mirar civis ao atirar centenas de foguetes contra comunidades israelenses.
"A morte de três civis israelenses como alegado por Israel e citado no relatório de Goldstone foi um engano e o objetivo eram instalações militares dentro das cidades sionistas", disse Salah al-Bardaweel, alta autoridade do Hamas. "Combatentes de resistência foram alertados contra atingir civis".
No entanto, o grupo Human Rights Watch rejeitou a explicação do Hamas de atingir civis involuntariamente e apontou comentários de líderes do Hamas durante o conflito que afirmaram que ataques contra civis israelenses eram aceitáveis.
"A afirmação do Hamas de que os foguetes visavam a alvos militares israelenses e somente acidentalmente atingiram civis é desmentida pelos fatos", disse o grupo de direitos humanos.
Yigal Palmor, do Ministério de Relações Exteriores de Israel, disse que a explicação do Hamas é "uma tentativa absurda de iludir a opinião mundial".
Esta é a primeira vez que um líder do Hamas descreve ataques que mataram civis israelenses como engano. O grupo é responsável pela morte de centenas de civis israelenses em ataques a bomba desde os anos 1990.
Uma autoridade do Hamas que se recusou a ser identificada defendeu os ataques com carro-bomba no passado como uma justificada "resposta à morte de civis palestinos durante os anos de ocupação israelense".
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