Um homem morreu durante confronto entre as forças de segurança do Egito com manifestantes acampados nas proximidades do prédio do gabinete do governo, em meio ao aumento da tensão no país dois dias antes das eleições parlamentares, previstas para esta segunda-feira. Os manifestantes protestam contra a decisão da junta militar, que governa o país, de indicar Kamal el-Ganzouri para primeiro-ministro, que já serviu ao governo deposto de Hosni Mubarak.
Manifestantes acamparam em frente ao prédio do gabinete do governo para evitar que El-Ganzouri assumisse o posto. A administração norte-americana aumentou a pressão sobre a junta militar para transferir o poder a líderes civis, dando apoio aos centenas de manifestantes que estão na praça Tahrir, no centro do Cairo, por mais de uma semana, deixando mais de 40 pessoas mortas.
Um câmera da Associated Press disse que três veículos policiais e um tanque atiraram gás lacrimogêneo contra os manifestantes acampados, que tentavam expulsá-los jogando pedras. O homem morto teria sido atropelado por um dos veículos, mas as informações são conflitantes.
O Ministério do Interior emitiu nota dizendo que a polícia não tinha intenção de causar confusão e que apenas passava em direção à sede do Ministério, localizado atrás do prédio do gabinete, quando foram atacados pelos manifestantes, que atiravam bombas incendiárias. Segundo a nota, o motorista de um dos veículos entrou em pânico e disparou para cima dos manifestantes.
A agência de notícias MENA informou que a junta militar reuniu-se separadamente com Mohamed ElBaradei e Amr Mussa, nomes que foram mencionados pelos manifestantes acampados na Praça Tahrir como potenciais líderes de governo. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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