Os Estados Unidos e a Índia anunciaram na segunda-feira a aprovação de um pacto de defesa, em um passo importante para permitir a venda de sofisticadas armas norte-americanas para o país do sul da Ásia, que vem modernizando suas Forças Armadas.
Ao final da primeira visita da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, à Índia, ela afirmou que o governo indiano também aprovou dois locais para que empresas dos EUA construam usinas nucleares.
Os dois acordos foram fechados por Hillary na viagem programada para estreitar os laços e demonstrar o comprometimento do presidente dos EUA, Barack Obama, com a emergência da Índia no cenário global.
Conhecido como acordo de "monitoramento de uso final" e exigido pela legislação norte-americana para esse tipo de venda de armas, o pacto permite que Washington verifique se a Índia utiliza as armas para os objetivos declarados e evita que a tecnologia seja passada para outros.
A Índia deve gastar mais de 30 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos para atualizar o seu arsenal, em boa parte de fabricação soviética. Um terço desse valor irá para a compra de 126 caças multifuncionais.
O montante poderá incentivar empresas norte-americanas como Lockheed Martin Corp e Boeing Co. As duas empresas competem com o MiG-35 russo, o Dassault Rafale francês, o sueco Saab JAS-39 Gripen e o Eurofighter Typhoon, fabricado por um consórcio de empresas britânico, alemão, italiano e espanhol.
Após reuniões com o primeiro-ministro Manmohan Singh na segunda-feira, Hillary disse que ele aceitou o convite para uma visita de Estado a Washington em 24 de novembro.
Uma autoridade do Departamento de Estado disse, sob a condição de anonimato, que Singh seria o primeiro líder estrangeiro a fazer uma visita de Estado no governo Obama, outro sinal da importância dessa relação para os EUA.
Hillary Clinton disse também que Nova Délhi aprovou dois sítios nucleares que seriam reservados a empresas norte-americanas, parte de um importante acordo nuclear civil firmado por EUA e Índia no ano passado.
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