O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (5) que a sua viagem ao Irã no próximo dia 15 de maio terá o objetivo de garantir a construção de uma política efetiva de desarmamento nuclear no mundo. Lula deixa o Brasil no dia 12 a caminho da Rússia e deve passar pelo Qatar antes de chegar ao país do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

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Sobre as declarações do presidente iraniano de que aceitaria uma eventual mediação brasileira para retomar o acordo nuclear apoiado pela ONU, Lula afirmou que vai buscar uma proposta que seja aceita pelos dois lados.

"O avanço que o Brasil quer conseguir nessa minha viagem ao Irã é de garantir que haja paz no mundo. É de garantir que haja uma política efetiva de desarmamento no mundo, com relação a armas nucleares. Se houver possibilidade de construir uma proposta que seja aceita pelos dois lados, seria tudo que o mundo precisa", avaliou Lula.

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Segundo o presidente, a diplomacia brasileira tem conversado com líderes mundiais para chegar a um acordo em relação ao desarmamento nuclear e a produção de energia. "O que eu desejo para o Irã é o que desejo para o Brasil. Nós somos proibidos pela Constituição de fabricar armas nucleares. O Brasil é um país que tem autoridade moral e política de lutar pelo desarmamento e de ser contra armas nucleares. Defendemos o direito de produção de energia", argumentou o presidente.

Lula criticou os países que querem evitar a fabricação de armas nucleares sem desmontar seus arsenais Para Lula o desarmamento tem que ser "total e absoluto".

"Esse negócio de ficar pedindo (o desarmamento) sem desmontar o seu arsenal, (os países) vão perdendo a autoridade moral. Ou seja, faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço. Então, é fazer o que eu mando e fazer o que eu faço. Todo mundo tem que fazer a mesma coisa. Desarmamento tem que ser total e absoluto. E se o Brasil puder dar uma contribuição, vamos dar. Por isso estou otimista que ir ao Irã para conversar com o presidente Ahmadinejad é a melhor saída."