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O exército de Israel comunicou neste sábado (2) os moradores do bairro de Beit Lahia, no noroeste da Faixa de Gaza, que podem voltar à região, informaram fontes militares em um breve comunicado.

Eles podem voltar, mas o exército "aconselha que tenham cuidado com os artefatos explosivos que o Hamas colocou na área", assinalou o comunicado.

Há mais de duas semanas o exército israelense orientou a cerca de 100 mil palestinos do norte da Faixa e de dois bairros vizinhos à cidade de Gaza que deixassem suas casas "para sua própria segurança", o que foi acolhido por cerca de 18 mil palestinos que deixaram Beit Lahia.

Quatro mil delas buscaram refúgio em escolas da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), cujas instalações ficaram abarrotadas.

Ao contrário de outros conflitos bélicos na região, a população civil não envolvida no conflito armado em Gaza não tem como abandonar totalmente as áreas de combate ou ir para lugares seguros e habilitados para deslocados ou refugiados.

Isto provocou que nos 26 dias de operação militar israelense sobre a faixa, cerca de 280 mil palestinos se transformaram em deslocados que buscam alojamento em escolas-albergue da ONU e em edifícios públicos.

Além deste número, a Agência da ONU para a coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estimou que pelo menos outros 200 mil palestinos tenham sido acolhidos por familiares.

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