Dois jornalistas da Reuters foram libertados pelas autoridades sírias nesta segunda-feira, dois dias depois de serem detidos na capital Damasco.
A produtora de televisão Ayat Basma e o cinegrafista Ezzat Baltaji voltaram para o Líbano, onde trabalham, e disseram que estavam bem.
"A Reuters está preocupada por seus jornalistas terem sido detidos e mantidos incomunicáveis por tanto tempo. Estamos muito contentes que foram libertados e estamos ansiosos para dar as boas-vindas a Ayat e Ezzat", disse o editor-chefe da Reuters, Stephen Adler.
"Gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram a resolver a questão."
Basma e Baltaji, libaneses e sediados em Beirute, viajaram à vizinha Síria na quinta-feira. Os protestos no país nas últimas duas semanas se tornaram o maior desafio do governo de 11 anos do presidente Bashar al-Assad.
Autoridades sírias disseram que os jornalistas foram detidos e interrogados, porque não tinham permissão para trabalhar na Síria, e haviam filmado "em uma área onde a filmagem não é permitida".
Eles entraram em contato com seus colegas pela última vez na noite de sábado, e o paradeiro deles não estava claro até pouco depois de serem libertados na segunda-feira.
Basma, que também cobriu os protestos na Tunísia, Egito e Iraque, trabalha na Reuters desde fevereiro de 2007, enquanto Baltaji trabalha para a empresa desde abril de 2008.
Na sexta-feira, as autoridades sírias retiraram o credenciamento de um correspondente estrangeiro da Reuters sediado em Damasco, alegando que ele publicou informações "não-profissionais e falsas" sobre os acontecimentos na Síria.
A Reuters defende a cobertura do jornalista.
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