O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta terça-feira (30), em Recife, a inoperância da ONU, em não conseguir acabar com o conflito entre Israel e os palestinos no Oriente Médio. Os recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza já mataram 375 pessoas, incluindo dezenas de civis. Lula informou ter determinado que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, entre em contato com autoridades estrangeiras para convocar uma reunião em busca de uma solução para o conflito entre árabes e judeus. Amorim deverá ligar para o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que está de férias no Brasil com a esposa, Carla Bruni, a fim de discutir a questão. Segundo o presidente, a iniciativa seria mais bem recebida porque partiria do Brasil, um campo neutro onde árabes e judeus convivem pacificamente.
"Nós, do Brasil, vamos trabalhar junto a outros países para achar um jeito daquele povo parar de se matar", declarou Lula.
Ao fim do seu discurso de inauguração do Parque Dona Lindu (uma homenagem a mãe de Lula), o presidente pediu uma salva de palmas para a paz no Oriente Médio.
As forças de Israel atacam desde o último sábado centenas de alvos do Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com o premier israelense, Ehud Olmert, a ofensiva ainda está na primeira de várias etapas .
Relator da ONU se diz chocado com a inércia da comunidade internacional Nesta terça-feira, circularam rumores de que as forças militares e o governo de Israel estariam estudando a possibilidade de adotar trégua de 48 horas nos ataques contra o Hamas. Mas a proposta de paralisação das operações aéreas e navais foi desmentida por autoridades do governo.
- Militares israelenses devem recomendar trégua a Olmert
- Ataque de Israel muda agenda de Barack Obama
- Israel declara-se em "guerra aberta" contra Hamas
- Casa Branca exige compromisso de cessar-fogo de Hamas
- ONU diz que 57 civis estão entre os mortos em Gaza; Israel prepara ataque terrestre
- Israel declara "guerra total"
- "Nossas crianças e jovens estão crescendo com um sentimento de ódio"
- De férias no Brasil, israelense teme ter de retornar
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura