Milhares de seguidores do clérigo anti-Estados Unidos Moqtada al-Sadr foram às ruas de Bagdá no sábado para se manifestar contra um pacto que permite às forças norte-americanas que permaneçam no Iraque por mais três anos.
O ministro das Relações Exteriores do Iraque disse que um esboço do acordo, obtido após meses de negociações, estava pronto e sendo revisado por líderes políticos. O Parlamento poderá aprovar ou não o projeto, mas não tem o poder de modificá-lo.
O acordo "foi apresentado como um texto final por duas equipes de negociação, a hora agora é de uma decisão", afirmou o chanceler Hoshiyar Zebari a jornalistas. "Acredito que os próximos dias serão cruciais para os líderes iraquianos tomarem uma decisão política e fazerem um julgamento sobre esse acordo."
Na manifestação, pessoas balançavam bandeiras do Iraque e gritavam "Sim, sim Iraque! Não, não à ocupação!".
Um clérigo usando um turbante branco leu o que descreveu como uma carta de Sadr pedindo para que o Parlamento não aprove o pacto. "Eu rejeito e condeno a continuação da presença das forças de ocupação e de suas bases na nossa amada terra", dizia a carta, que chamava o acordo de "vergonhoso para o Iraque".
Os manifestantes atearam fogo em uma bandeira dos Estados Unidos, mas o clima do protesto pareceu calmo.
"É uma manifestação pacífica, pedindo que os ocupantes saiam e que o governo não assine o pacto", disse à Reuters Ahmed al-Masoudi, um membro sadrista do Parlamento.
Autoridades iraquianas afirmaram que o protesto foi autorizado e que a segurança foi reforçada para proteger os manifestantes, que marchavam da Cidade Sadr, reduto do clérigo, no leste da capital, em direção a uma praça pública em uma universidade.
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