O candidato republicano à Presidência dos EUA, John McCain, questionou nesta terça-feira (26) a confiança de seu rival democrata, Barack Obama, na liderança norte-americana nos assuntos mundiais.
McCain afirmou que Obama, no seu discurso de julho perante 100 mil pessoas em Berlim, deixou de expressar suficiente fé nos EUA como "a maior força para o bem que há nesta Terra".
"Ele era a imagem da confiança. Mas de certa forma a confiança em si e a confiança no seu país não são a mesma coisa", disse McCain a um grupo de veteranos de guerra - como o próprio McCain, que passou cinco anos como prisioneiro no Vietnã.
A campanha de McCain insiste que não questiona o patriotismo de Obama, e sim o seu bom-senso como governante. Obama se queixa veementemente toda vez que considera que seus adversários questionam seu patriotismo - como quando o republicano disse que o rival se preocupa mais em obter vantagens políticas do que em vencer a guerra do Iraque.
McCain também questionou Obama por aparentemente comparar a ocupação norte-americana do Iraque, iniciada em 2003, com a recente invasão russa na Geórgia, que desencadeou forte reação de Washington.
Na semana passada, ao condenar a ação militar russa, Obama disse que Moscou não poderia "investir contra outros países". Mas ressalvou: "é claro que ajudaria se estivéssemos dando o exemplo nesse ponto". Obama sempre se declarou contrário à guerra no Iraque.
McCain então sugeriu que ele não tem clareza e visão para liderar os EUA e o mundo. "Se ele realmente acha que ao libertar o Iraque de um perigoso tirano [Saddam Hussein] os Estados Unidos de certa forma deram um mau exemplo e convidaram a Rússia a invadir uma pequena nação, pacífica e democrática, então ele deve declarar isso de forma direta, porque esse é um debate que eu saúdo", declarou McCain.
"A confusão em torno de tais questões só convida a mais problemas, violência e agressão", afirmou o republicano, cuja campanha sempre dá ênfase a questões de segurança nacional.
Ele e Obama estão virtualmente empatados nas pesquisas nacionais de opinião.