Os militantes do Estado Islâmico declaradamente mataram mais de 670 prisioneiros na cidade de Mosul e cometeram outros abusos horríveis no Iraque que representam crimes contra a humanidade, disse a alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay. A diplomata afirmou que "violações graves dos Direitos Humanos são cometidos diariamente" pelo grupo extremista e por seus aliados na conquista agressiva de províncias no norte e no leste iraquiano.
A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque verificou relatos de um massacre de detidos na prisão de Badoush em Mosul, em 10 de junho. Em entrevistas, 20 sobreviventes e 16 testemunhas contaram que atiradores do Estado Islâmico colocaram entre mil e 1,5 mil prisioneiros em caminhões e os levaram para uma área deserta próxima.
Homens armados então mandaram os sunitas formarem um grupo separado. De acordo com os relatos, os atiradores gritaram insultos contra os detidos remanescentes, fizeram quatro filas com eles, ordenaram que eles se agachassem e abriram fogo, matando cerca de 670 prisioneiros.
"Um assassinato tão a sangue-frio, sistemático e intencional de civis, após separá-los por afiliação religiosa, pode ser comparado a crimes de guerra e a crimes contra a humanidade", disse Pillay.
As violações dos militantes, que tentam expandir as fronteiras de seu autoproclamado califado na fronteira entre o Iraque e a Síria, incluem assassinatos planejados, conversões forçadas, sequestros, tráfico, escravidão, abuso sexual, destruição de locais com significados religiosos e culturais, além do assédio contra comunidades por razões étnicas, religiosas ou sectárias.
"Eles estão sistematicamente atacando homens, mulheres e crianças baseados em suas filiações étnicas, religiosas ou sectárias e estão realizando amplas limpezas étnicas e religiosas impiedosas nas áreas sob seu controle", disse Pillay. "Tais perseguições são equivalentes a crimes contra a humanidade."
A embaixadora citou a matança de centenas de membros da minoria Yazidi em Nineveh e o sequestro de cerca de 2500 pessoas no começo de agosto, além do sequestro e do assassinato de centenas de Yazidis na vila de Cotcho, na região de Sinjar, no dia 15 de agosto. Ela também destacou o cerco contra 13 mil turcos de etnia Shia na cidade de Amirli, incluindo 10 mil mulheres e crianças.
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