O presidente boliviano, Evo Morales, ameaçou na segunda-feira tomar "ações radicais" contra embaixadores -cujos nomes ele não citou- acusados por ele de fomentar uma conspiração da direita contra as reformas políticas e econômicos que promove há 19 meses.
O governante esquerdista denunciou que a paralisação cívica convocada para terça-feira em várias regiões do país e uma greve de juízes, marcada para dois depois, são parte da "contra-revolução" que, segundo ele, foi iniciada dois dias depois do início de seu governo em janeiro de 2006.
"Não sei até quando vamos ter paciência, mas temos dignidade e em qualquer momento vamos tomar ações radicais contra esses embaixadores. Não temos medo", disse Morales em um encontro com embaixadores bolivianos que servem no exterior.
"Lamento que alguns embaixadores se dediquem a fazer política e a criticar o governo", disse Morales, acrescentando que "algumas representações diplomáticas" apóiam "reuniões e seminários para desestabilizar as políticas de mudança".
"Isso não se chama cooperação, isso se chama conspiração contra o governo", disse Morales, cujo governo recebe ajuda humanitária e econômica de Cuba e Venezuela e afirma que o apoio não é condicional.
No domingo, o vice-presidente, Alvaro Garcia, disse que parte da ajuda enviada à Bolívia pelos Estados Unidos é destinada a atividades nas quais as autoridades "elaboram críticas e resistências ideológica e política".
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