O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em nota, que a morte de Fidel Castro é como a perda de um irmão mais velho, de um “companheiro insubstituível”. “Morreu ontem [sexta-feira] o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruiz”, disse ele, em nota à imprensa.
Lula lembra que conheceu Fidel pessoalmente, em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. “Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos”, ressaltou.
De acordo com ele, para os povos do continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente os homens e mulheres de sua geração, Fidel foi “sempre uma voz de luta e esperança”. Afirmou ainda que o espírito combativo e solidário de Fidel animou “sonhos de liberdade, soberania e igualdade”.
Segundo Lula, mesmo nos “piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações, a bravura de Fidel e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania”. “Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo. Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro”, concluiu Lula, que não informou se irá ao funeral do líder cubano.
- Morre Fidel Castro, aos 90 anos, em Cuba
- Corpo de Fidel será cremado neste sábado, diz Raúl Castro
- Presidentes latino-americanos lamentam a morte de Fidel
- Putin presta homenagem a Fidel Castro; Gorbachev, também
- Miami festeja a morte de Fidel e proclama uma “Cuba livre”
- Veja as principais datas da revolução cubana e da vida de Fidel Castro