| Foto: JIR/JG/JASON REED

Astrônomos da Nasa revelaram nesta segunda-feira que detectaram colunas de vapor de água sobre a superfície de gelo de Europa, uma das luas de Júpiter, sob a qual há um oceano. Essas observações, feitas com a ajuda de emissões de raios ultravioleta do telescópio espacial Hubble, aumentam a possibilidade de coletar amostras de água e gelo sem a necessidade de colocar um robô sobre a superfície da Europa e fazer perfurações.

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“O oceano da Europa é considerado um dos lugares mais promissores no sistema solar onde potencialmente pode existir vida”, disse Geoff Yoder, diretor interino da Nasa para a Ciência.

“Essas colunas de vapor, se sua existência for confirmada, poderiam oferecer outro meio para obter amostras de água que se encontra debaixo do gelo”, acrescentou. Aparentemente, as colunas alcançavam cerca de 200 km de altitude, deixando cair materiais sobre a superfície da lua.

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Durante as dez observações da passagem de Europa diante de Júpiter, efetuadas em um período de 15 meses, em três ocasiões foi possível perceber o que poderiam ser gêisers, detalharam os cientistas, entre eles William Sparks, um astrônomo do Space Telescope Science Institute, em Baltimore.

Apesar de que não puderam afirmar com exatidão que realmente se trata de colunas de vapor de água, os astrônomos consideram tal possibilidade “substancial”.

Em 2012, outra equipe científica dirigida por Lorenz Roth, do Southwest Research Institute, em San Antonio, detectou vapor de água saindo da superfície da Europa, na região do polo sul, alcançando 160 km no espaço.

As duas equipes usaram o mesmo instrumento do Hubble para fazer suas observações, um espectrógrafo, mas aplicaram métodos totalmente diferentes e chegaram à mesma conclusão.

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Se a existência dessas colunas de vapor de água for confirmada, Europa será a segunda lua no sistema solar conhecida por contar com esses fenômenos.

Em 2005, emissões como estas foram detectadas, pela sonda Cassini da Nasa, na superfície da Encélado, uma das luas de Saturno.

Europa contém um vasto oceano, com o dobro de água de todos os oceanos terrestres reunidos, que se encontra sob uma crosta de gelo extremamente fria e muito dura, cuja espessura é desconhecida.

Esta última observação será publicada na próxima edição da revista Astrophysical Journal.