O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou nesta segunda-feira o mercado de produtos judaicos onde um jihadista matou quatro judeus em uma sangrenta tomada de reféns na sexta-feira. O premier está acompanhado pelo chanceler israelense, Avigdor Lieberman, e prestará homenagem às quatro vítimas, segundo um porta-voz da embaixada. Os corpos das quatro pessoas assassinadas serão trasladados e enterrados em Israel em uma cerimônia prevista para terça-feira no Monte das Oliveiras de Jerusalém.
Netanyahu, que se juntou no domingo a dezenas de chefes de Estado e de governo na marcha republicana em Paris contra os ataques da última semana, convocou os judeus da França a migrar para Israel, numa atitude recebida com polêmica.
Vários meios de comunicação israelenses indicaram nesta segunda-feira que o presidente francês, François Hollande, havia pedido para Netanyahu não participar da marcha, mas que diante da insistência do israelense a presidência francesa convenceu o líder palestino, Mahmoud Abbas, a participar também do ato. Num momento histórico, os dois estiveram, bem próximos, na linha de frente da manifestação em Paris.
Após a marcha, Netanyahu e Hollande foram à Grande Sinagoga de Paris para uma cerimônia em homenagem às vítimas. Em um discurso contundente, o premier agradeceu à França por tomar uma posição firme contra o antissemitismo e contra o terrorismo.
O primeiro-ministro condenou o islamismo radical, mas destacou que os ataques ao jornal "Charlie Hebdo" e à mercearia foram realizados por extremistas e não diz respeito a toda a religião.
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