O governo da Bolívia informou, neste domingo, que o número de pessoas mortas nos conflito no leste do país já atinge 28 e culpa a oposição pela violência, que levou a região ao estado de emergência.
O ministro do Interior, Alfredo Rada, disse que mais 10 corpos foram encontrados na província de Pando, depois de uma "cilada" armada pelos apoiadores do presidente Evo Morales.
O ministro já havia informado a morte de 16 pessoas anteriormente. Outras duas pessoas morreram na sexta-feira quando as tropas do governo abriram fogo para dispersar os manifestantes em um campo, próximo a capital de província de Pando. A Bolívia vive uma crise separatista em quatro de suas províncias, responsáveis pela maior parte dos recursos energéticos do país.
No sábado, o presidente Morales acusou o governador de Pando, Leopoldo Fernandez, de usar assassinos estrangeiros nos ataques, o que teria levado Morales a enviar tropas para Pando e suspender os direitos de se reunir em público ou carregar armas na província, que busca autonomia. Morales disse também que não vai hesitar em estender o estado de sítio para as outras três províncias bolivianas que também buscam autonomia.
O governador Fernandez negou estar associado à violência, dizendo que as mortes foram resultado de conflitos entre grupos rivais.
Com a tensão política aumentando no país mais pobre da América do Sul, o Chile pediu a realização de um encontro emergencial entre os líderes da América do Sul, na segunda-feira. O presidente da Venezuela Hugo Chávez e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva já confirmaram sua participação na reunião.
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