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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste domingo (19) no encerramento da Cúpula das Américas que -assim como os Estados Unidos - Cuba e Venezuela também devem apresentar "não simples palavras, mas também atos" se querem melhorar suas relações.

Obama destacou, em discurso em Trinidad e Tobago, os "sinais positivos" nas relações de Washington com os dois países latino-americanos inimigos das políticas dos EUA, mas disse que isso não basta.

"A prova para todos nós não são simples palavras, mas também atos", pediu Obama aos governos de Raúl Castro, em Havana, e de Hugo Chávez, em Caracas.

Cuba

O presidente americano disse que espera do governo de Cuba "sinais claros" em direção à democratização e à libertação de presos políticos.

Ele afirmou que a política dos EUA para Cuba ao longo dos últimos 50 anos não funcionou, pois o povo de Cuba não é livre.

Obama garantiu que Washington já começou a mostrar os primeiros sinais de mudança, e que, portanto, agora é hora de Cuba definir uma nova direção rumo à democratização da ilha.

Pressão e aproximação

A inédita participação de Obama na cúpula foi marcada pela pressão dos líderes latino-americanos - inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - no sentido de levantar o embargo a Cuba.

Ela também registrou a reaproximação do venezuelano Hugo Chávez com o presidente norte-americano.

Crítico ferrenho da política de Washington durante a era Bush, Chávez cumprimentou Obama na sexta e disse que queria ser seu amigo. No dia seguinte, ele presenteou Obama com uma edição em inglês de 'As veias abertas da América Latina' , livro clássico da esquerda-latino-americana.

Questionado neste domingo sobre o fato de ter se aproximado de Chávez e não de outros líderes esquerdistas da região, como o boliviano Evo Morales, Obama saiu-se dizendo que teve encontros com todos, mas as câmeras só registraram os com o venezuelano.

Nova era de cooperação

Obama também voltou a prometer um nova era de cooperação com os países da região, que vá além da tradicional colaboração militar ou contra o tráfico de drogas.

Ele destacou que a cúpula serviu para estabelecer uma nova etapa de respeito em direção aos países soberanos e democráticos do hemisfério, apesar das diferenças de opiniões.

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