O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considera fazer bombardeios no Iraque e enviar ajuda para 40 mil curdos que estão cercados por militantes do Estado Islâmico, informou nesta quinta (7) o jornal "The New York Times".

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Os curdos, da etnia yazidi, se refugiam desde o domingo (2) nas montanhas de Sinjar, após a cidade homônima ter sido invadida pelo grupo radical islâmico. Além deles, outras 160 mil pessoas deixaram a cidade em dois dias, segundo a ONU.

Membros do governo americano consultados pelo "New York Times" afirmam que Obama analisa opções para intervir no conflito, como o envio por via aérea de ajuda humanitária até atacar os radicais islâmicos na parte baixa da montanha.

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Segundo o "New York Times", o governo americano adia a implantação de qualquer ação militar contra o Estado Islâmico até que o Iraque tenha um novo governo e que o primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, deixe o cargo.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, não confirma a informação, mas disse que os Estados Unidos estão incomodados com o avanço dos extremistas e com a perseguição às minorias étnicas no norte do Iraque.Apesar da consternação, ele considera que "não há soluções militares americanas para os problemas no Iraque". "Esses problemas devem ser resolvidos apenas com soluções políticas tomadas pelos iraquianos".

Avanço

A tomada da região de Sinjar provocou o aumento da preocupação do Curdistão iraquiano com o avanço dos militantes islamitas. O território autônomo, que faz fronteira com Síria, Irã e Turquia, é considerada a única área estável do Iraque.Nos últimos dias, os curdos pediram ajuda militar e humanitária aos Estados Unidos.Os EUA protegeram os curdos dos ataques do ditador Saddam Hussein durante a Guerra do Golfo, em 1991, com o envio de ajuda humanitária e a implantação de exclusão aérea na área onde hoje é o território autônomo curdo.

Nesta quinta, rebeldes do Estado Islâmico controlaram um posto militar perto da fronteira do Curdistão iraquiano e da cidade de Irbil, capital da região autônoma, e invadiram Qaraqosh, cidade cristã da qual fugiram mais de 100 mil habitantes.

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O grupo radical islâmico obriga os membros de outras etnias, como cristãos, drusos e yazidis, a se converter ao islamismo. Caso contrário, eles são mortos por seus combatentes.

Diante da ofensiva do Estado Islâmico, a França convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O presidente francês, François Hollande, também ofereceu apoio financeiro ao governo autônomo do Curdistão.

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