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Tensão

Obama se diz preocupado com risco de avanço russo sobre Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (25) estar preocupado com o risco de a Rússia avançar por outras regiões da Ucrânia após ter conseguido anexar a região autônoma da Crimeia, há dez dias.

Para ele, a incorporação da península não é "um acordo fechado" porque não foi reconhecido pela comunidade internacional. "Cabe à Rússia atuar de forma responsável e mostrar que tem vontade de obedecer as normas internacionais. Se isso não acontece, haverá algum custo".

O americano defendeu a continuidade das sanções econômicas caso a Rússia continue na Crimeia ou avance sobre a Ucrânia. Ele considera que as medidas farão com que aumente a pressão de outros países para que Moscou volte atrás e resolva a situação de forma diplomática.

Embora tenha pressionado os russos, ele descartou que a Rússia seja uma ameaça à segurança nacional dos americanas. "Estou mais preocupado com que uma bomba atômica caia sobre Nova York", disse.

As declarações foram feitas um dia após os Estados Unidos e os outros seis integrantes do G7 suspenderem a Rússia pelo avanço sobre a Crimeia. Também foi cancelada a reunião do G8 na cidade russa de Sochi, em junho. No lugar, o G7 se reunirá em Bruxelas no mesmo mês.

Em comunicado, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá consideraram a anexação "uma clara violação do direito internacional que deve ser motivo de preocupação para todos os países".

Pouco após a suspensão, o chanceler russo, Sergei Lavrov, minimizou a mobilização dos parceiros de bloco. "O G8 é um grupo informal. Ninguém tem carteirinha de membro e o grupo não pode expulsar ninguém por definição".

Espionagem

No mesmo discurso, Obama disse que a nova proposta para que as empresas de telefonia concentrem os dados de chamadas de seus usuários diminui a preocupação dos americanos com o controle de dados pelo governo.

Para ele, a nova proposta da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) para lidar com a espionagem deve contemplar as preocupações com a privacidade dos americanos e o combate ao terrorismo.

A nova proposta do governo para reformar a espionagem da NSA deve ser apresentada nesta semana, de acordo com o jornal americano "The New York Times".

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