Benghazi - Líderes da rebelião contra o regime de Muamar Kadafi reunidos em Benghazi disseram que estão perdendo a esperança de que um levante popular seja capaz de derrubar o ditador e afirmaram estar inclinados a pedir por ataques aéreos estrangeiros contra as forças do governo.
Os líderes oposicionistas se reuniram durante horas na segunda maior cidade da Líbia para discutir seus próximos passos. Eles anunciaram a formação de um Conselho Militar, mas adiaram a divulgação de qualquer novo comunicado para esta hoje.
Salwa Bughaighi, integrante do grupo de advogados e ativistas que assumiu o controle de Benghazi depois da fuga dos aliados de Kadafi, disse a jornalistas que as tropas governistas no oeste da Líbia são poderosas demais.
"Não há equilíbrio entre nossas forças e as de Kadafi. Há uma crise, emoções conflitantes entre desespero e esperança por uma solução internacional", afirmou Bughaighi.
Segundo Bughaighi, a coalizão oposicionista vai pedir que seja declarada uma zona de exclusão aérea na Líbia, para impedir que Kadafi continue a reforçar sua posição em Trípoli e na cidade costeira de Sirte.
Em público, os líderes do levante têm rejeitado qualquer intervenção estrangeira. "Isso foi vazado para o povo para medirmos a reação. Mas as pessoas não querem um novo Iraque, ou um novo Afeganistão", disse uma fonte.
Fora da sala de reunião, Muftah Quwaidir, que perdeu um filho de 26 anos durante os protestos anti-Kadafi, trazia consigo uma lista de alvos que ele acredita que deveriam ser atacados.
"Precisamos de intervenção logística contra instalações de radar e de comunicações usadas pelo governo. Nós temos a disposição de combater Kadafi, mas ele é mais forte do que nós", disse Quwaidir.
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