O papa Francisco afirmou neste sábado, ao término do Sínodo dos Bispos, que na assembleia não se questionou a "verdade fundamental" do "sacramento do casamento: a indissolubilidade".

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Em discurso proferido aos participantes do Sínodo, após os debates que abordaram questões como o amparo aos homossexuais ou aos divorciados que se casaram novamente, Bergoglio disse que seu papel como líder da Igreja Católica é o de "garantir a unidade".

Segundo o papa, a Igreja Católica "não olha para a humanidade de uma torre de cristal para julgar ou classificar as pessoas".

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O papa lembrou aos participantes do Sínodo que sua função é a de "lembrar aos pastores que seu primeiro dever é alimentar o rebanho que o Senhor lhes confiou e buscar acolher com paternidade e misericórdia e sem falsos medos as ovelhas descarriladas".

"Aqui me equivoquei. Disse acolhê-las: buscá-las", afirmou o pontífice, que convidou os bispos e outros participantes do Sínodo a "praticar uma caridade sincera e ativa".

"Esta é a norma suprema de conduta dos ministros de Deus, um amor incondicional como o do Bom Pastor, cheio de alegria, aberto a todos, atento ao próximo e solícito com os que estão longe", acrescentou.

Bergoglio disse que nos debates no Sínodo foi possível observar "tensões e tentações", das quais mencionou a tentação da "rigidez hostil", que resumiu como a atitude "querer se fechar no que está escrito e não se deixar surpreender por Deus, pelo Deus das surpresas".

O papa alertou para a "tentação" imposta pelos que classificou como "tradicionalistas" ou "medrosos" e por aqueles que definiu como "denominados progressistas e liberais".

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As palavras do papa, que neste domingo encerrará o Sínodo uma missa em São Pedro, foram recebidas com aplausos de aproximadamente cinco minutos dos participantes.