O governo do Paraguai considerou um "atropelo inaceitável" e "ilegal" o ingresso da Venezuela ao Mercosul, que foi anunciado nesta terça-feira (31) em uma reunião do presidente venezuelano, Hugo Chávez, em Brasília, disse o Ministério de Relações Exteriores em um comunicado.
"É um atropelo inaceitável a todas as regras e normas vigentes no bloco", disse o texto, com relação à ampliação do esquema de integração do Mercosul que entrará em vigor em 13 de agosto.
A chancelaria paraguaia disse que defenderá "em todas as instâncias" sua posição.
O Paraguai reiterou que continuará na luta pela defesa de seus direitos em todas as instâncias e fóruns pertinentes, após ser suspenso do bloco regional pela destituição sumária do ex-presidente Fernando Lugo, via julgamento político legislativo em 22 de junho.
Segundo o governo paraguaio, a decisão de adesão da Venezuela em sua ausência "não constitui um ato jurídico válido dentro do desenho institucional do Mercosul", com relação à reunião extraordinária desta terça-feira em Brasília.
O Tratado de Assunção estabelece a regra do consenso de todos os governos dos estados-membros para admitir um novo país sócio, submetido após a ratificação Parlamentar de todos os legislativos.
O Paraguai alega que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comete afrontas à liberdade de seu povo.