Homenagens a vítimas do "Charlie Hebdo" reúnem 700 mil na França
Ao todo, 700 mil pessoas se manifestaram em silêncio neste sábado (10), em várias cidades da França, em repúdio aos atentados jihadistas, com especial lembrança para as 12 vítimas da revista "Charlie Hebdo", mortas em um atentado na última quarta-feira (7). Leia matéria completa.
- Polícia francesa prende vários suspeitos do ataque ao Charlie Hebdo
- Homenagens a vítimas do "Charlie Hebdo" reúnem 700 mil na França
- Obama irá propor medidas para aumentar cibersegurança
- Jean-Marie Le Pen: "Eu não sou Charlie"
- Suspeita de terrorismo teria ido para Síria
- Alemanha pede por leis mais duras na prevenção ao terrorismo na União Europeia
O governo francês promete que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que a passeata, programada para este domingo (11), será realizada tranquilamente, sem maiores incidentes. Bernard Cazeneuve, ministro do Interior, assegurou que "foram tomadas todas as medidas para garantir a segurança da marcha", neste sábado (10), depois de uma reunião no Palácio do Eliseu com o Chefe de Estado, o premier, o ministro da Justiça, Christiane Taubira, e o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.
Segundo o ministro do Interior, "centenas de milhares de pessoas" são esperadas na manifestação em solidariedade às vítimas do ataque ao jornal "Cherlie Hebdo", em Paris, "para pensar em todos aqueles que perderam suas vidas, assassinados pelo terrorismo".
Cerca de 20 chefes de Estado também participarão da procissão para demonstrar o apoio à França. Por conta disso, o governo mobilizou recursos "em uma escala sem precedentes", de acordo com Cazeneuve.
De acordo com o jornal francês "Le Figaro", mais de 2,2 mil policiais serão mobilizados neste domingo para assegurar a tranquilidade da marcha. Entre eles estarão, principalmente, policiais militares, mas também 150 oficiais à paisana, "para garantir a segurança e evitar qualquer intruso".
Cinquenta e seis equipes de motociclistas escoltarão as personalidades e franco-atiradores estarão posicionados em telhados. No total, estarão, na cidade, 2 mil policiais e 1.350 militares.
Hollande, Merkel e Cameron participarão da marcha
Várias personalidades estrangeiras, da chanceler alemã Angela Merkel ao premier britânico David Cameron, passando pelo espanhol Mariano Rajoy e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, participarão da chamada "marcha republicana". Também estarão presentes quase todas as autoridades francesas políticas, sindicais e religiosas, além de artistas e intelectuais.
O presidente Hollande, o premiê Manuel Valls e o ex-presidente Nicolas Sarkozy já confirmaram presença. A presidente Dilma Rousseff será representada pelo embaixador do Brasil na França, José Bustani. Dos Estados Unidos irá o procurador-geral de Justiça, Eric Holder, e do Canadá, o ministro de Segurança Pública, Steven Blaney. Também irá a Paris o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Governadores e parlamentares criticam decreto de Lula sobre uso da força policial
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias
Moraes viola a lei ao mandar Daniel Silveira de volta à cadeia, denunciam advogados