Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Intolerância

Polícia francesa prende vários suspeitos do ataque ao Charlie Hebdo

Bandeiras da França indicam luto na frente da Assembleia Nacional, em Paris | Jacky Naegelen/EFE
Bandeiras da França indicam luto na frente da Assembleia Nacional, em Paris (Foto: Jacky Naegelen/EFE)
Franceses foram às ruas de Paris para homenagear os mortos |

1 de 18

Franceses foram às ruas de Paris para homenagear os mortos

Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris |

2 de 18

Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris

O presidente francês, François Hollande, em pronunciamento nesta quarta-feira |

3 de 18

O presidente francês, François Hollande, em pronunciamento nesta quarta-feira

Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque |

4 de 18

Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque

Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado |

5 de 18

Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado

A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque |

6 de 18

A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque

Equipes de resgate, logo após o atentado |

7 de 18

Equipes de resgate, logo após o atentado

Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal |

8 de 18

Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal

Francês homenageia mortos no atentado |

9 de 18

Francês homenageia mortos no atentado

Manifestantes fazem vigília em Paris |

10 de 18

Manifestantes fazem vigília em Paris

Mulher lê o ultimo número do Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira (7) |

11 de 18

Mulher lê o ultimo número do Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira (7)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o vice-presidente Joe Biden, e a secretária de Estado Susan Rice durante entrevista sobre o atentado em Paris |

12 de 18

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o vice-presidente Joe Biden, e a secretária de Estado Susan Rice durante entrevista sobre o atentado em Paris

Flores, velas e um cartaz com a inscrição

13 de 18

Flores, velas e um cartaz com a inscrição

Flores na frente da embaixada da França em Washington |

14 de 18

Flores na frente da embaixada da França em Washington

Britânicos também foram às ruas de Londres para se solidarizar com as vítimas do ataque em Paris |

15 de 18

Britânicos também foram às ruas de Londres para se solidarizar com as vítimas do ataque em Paris

16 de 18

Cherif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos de participar do ataque, estão foragidos. As fotos foram divulgadas pelas autoridades francesas |

17 de 18

Cherif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos de participar do ataque, estão foragidos. As fotos foram divulgadas pelas autoridades francesas

Cidadão deposita flores em frente à Embaixada da França em Berlim, Alemanha. Em todo o mundo houve manifestações de pesar pelo atentado e também em favor da liberdade de expressão e de imprensa |

18 de 18

Cidadão deposita flores em frente à Embaixada da França em Berlim, Alemanha. Em todo o mundo houve manifestações de pesar pelo atentado e também em favor da liberdade de expressão e de imprensa

Veja também

O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, informou nesta quarta-feira que várias pessoas foram detidas na noite passada por relação com o atentado contra a revista "Charlie Hebdo" e que os dois principais suspeitos procurados estavam sendo monitorados pelas forças da ordem.

"O serviço secreto os conhecia e por isso os seguia", disse Valls, em referência aos irmãos Chérif e Said Kouachi, suspeitos de terem cometido o atentado contra a publicação satírica, que resultou na morte de 12 pessoas.

No entanto, afirmou em entrevista à emissora de rádio "RTL" que "estamos diante de uma ameaça terrorista sem precedentes" e "centenas" de indivíduos são monitorados por possíveis relações com o terrorismo.

"O risco zero não existe", frisou, ao justificar o fato de o atentado ter ocorrido mesmo com os irmãos Kouachi entre os monitorados pelo serviço secreto.Chargistas fazem homenagem a mortos; confira

Suspeito teria se entregado

Um homem de 18 anos procurado pela polícia por envolvimento no ataque de quarta-feira à revista semanal de sátiras Charlie Hebdo entregou-se voluntariamente no nordeste da França, disse um funcionário da procuradoria-geral de Paris.

A polícia busca três cidadãos franceses suspeitos de envolvimento no suposto ataque jihadista que deixou 12 mortos: os irmãos Said Kouachi, nascido em 1980, e Cherif Kouachi, nascido em 1982, e Hamyd Mourad, nascido em 1996.

O funcionário da procuradoria disse que o suspeito mais novo se dirigiu a uma delegacia de polícia em Charleville-Mézières, no nordeste da França, na quarta-feira à noite.

A emissora BFM TV, citando fontes não identificadas, disse que o homem decidiu se entregar após ver seu nome nas redes sociais. A TV disse que outras prisões foram feitas em círculos ligados aos dois irmãos.

Operação em Reims

Nesta quarta-feira, as forças de segurança francesas lançaram uma enorme operação na cidade de Reims, 130 quilômetros a nordeste de Paris, em busca dos três suspeitos de terem cometido o massacre.

Mais de 50 de caminhonetes e veículos policiais estão na cidade, mostraram as imagens das redes de televisão francesas.

O governo francês elevou ao nível máximo o alerta antiterrorista e mobilizou mais de três mil membros das forças de segurança na operação de busca e captura dos autores do atentado.

Foragidos

Os nomes dos três suspeitos de participarem do ataque foram divulgados no início da noite desta quarta-feira pelas autoridades francesas. Além de Hamyd Mourad, que teria se entregado, são suspeitos os franceses Cherif Kouachi, de 32 anos, e Said Kouachi, de 34. Eles estão foragidos.

Um policial que pediu para não ser identificado disse a repórteres que os três têm ligação com uma rede terrorista do Iêmen.

Cherif Kouachi teria sido condenado em 2008 a 18 meses de prisão sob acusações de terrorismo por ajudar combatentes da insurgência no Iraque.

O site da revista francesa Le Point afirmou que os suspeitos puderam ser identificados graças a uma carteira de identidade encontrada no veículo utilizado na fuga.

O ataque

Os terroristas chegaram pouco depois das 11 horas locais (7 horas em Brasília) à sede do Charlie Hebdo. Eles estavam mascarados e com fuzis AK-47. Chamaram pelo nome os chargistas e colunistas do jornal e dispararam contra eles.

Ao deixarem o prédio, um deles executou um policial na rua. Durante a fuga, teriam gritado "Alá é grande" e "vingamos o profeta", o que é considerado uma alusão à publicação pela revista de caricaturas de Maomé.

Eles fugiram em um Citroën C1 de cor preta, que abandonaram em seguida. O policial Rocco Contento descreveu o interior do prédio como uma "carnificina" após o ataque.

Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa. "Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.

Vítimas

Cinco chargistas foram mortos: o diretor do Charlie Hebdo, Stéphane Charbonnier (conhecido com Charb); Jean Cabu; Bernard Verlhac (conhecido como Tignous); Phillippe Honoré; e George Wolinski (um dos mais conceituados quadrinistas do mundo).

As outras vítimas foram o colunista e economista do Banco da França Bernard Maris; o revisor do jornal Mustapha Ourad; a psicanalista e colunista Elsa Cayat; um funcionário de outra empresa, que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau; Michel Renaud, que visitava o Charlie Hebdo; e dois policiais, Franck Brinsolaro (morto dentro do prédio) e Ahmed Merabet, executado na rua, quando os atiradores fugiam.

Hollande pede união

Em pronunciamento na TV francesa, o presidente François Hollande pediu a "união" do país como reação ao atentado à sede do Charlie Hebdo.

Hollande disse ainda que "todo o país foi atacado" com o atentado "covarde". Ele ainda ressaltou que seu governo "fará tudo" para encontrar os assassinos e proteger os franceses em lugares públicos.

"Nossa melhor arma é a união. Nada pode nos dividir e nada pode nos colocar uns contra os outros", disse Hollande, ao discursar brevemente.

O presidente francês determinou que esta quinta-feira (8) será um dia de luto no país e convocou um momento de silêncio em todo o serviço público francês ao meio-dia.

Alerta

À tarde, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, assegurou que todas as forças policiais estavam mobilizadas para "neutralizar" os três criminosos envolvidos no ataque. "Foram mobilizados todos os meios" para detê-los e queremos que eles "sejam castigados com a dureza que merecem após o ato bárbaro que cometeram", declarou o ministro à imprensa após uma reunião de emergência convocada no Palácio do Eliseu pelo presidente François Hollande.

Cazaneuve confirmou que, além de causar 12 mortes, o ataque deixou cerca de 20 feridos, "quatro em situação grave". O governo elevou o nível do Plano Vigipirate a seu máximo, o de "alerta de atentados", na região de Paris.

O ministro enviou um telegrama a todos os governadores regionais (delegados do governo) da França para que aumentem a proteção em estações, locais religiosos e outras instituições sensíveis.

Em Paris, foram iniciados dispositivos de proteção suplementares nos transportes públicos, nas galerias comerciais e nos centros escolares. Também há proteção na sede de alguns meios de comunicação.

"Esse é um ataque terrorista, não há dúvida disso", disse Hollande a repórteres ao visitar o local do crime. Testemunhas afirmam que os atiradores se identificaram como membros do braço da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen. O presidente disse ainda que vários ataques terroristas foram evitados no país nas últimas semanas.

Ameaças

O Charlie Hebdo foi alvo de várias ameaças por causa da publicação de caricaturas do profeta Maomé e de outros desenhos controversos.

Desde 2011, quando a sede da revista foi alvo de ataque à bomba horas antes de uma edição com uma charge do profeta Maomé ir às bancas, Stéphane Charbonnier andava com escolta de um policial.

Repercussão e solidariedade

A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou repúdio pelo atentado, incidente que classificou como "ataque contra a liberdade de imprensa e expressão", dois "pilares da sociedade democrática".

O atentado é absolutamente "injustificável", criticou a chanceler em mensagem enviada ao presidente francês, François Hollande, na qual expressa sua "comoção". "Quero expressar, ao senhor e a seus compatriotas, as condolências dos cidadãos alemães e as minhas pessoais", prossegue a mensagem, divulgada pela Chancelaria.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca condenou "nos termos mais fortes" o ataque e se comprometeu a ajudar na caça aos terroristas. "Os EUA estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao Charlie Hebdo à Justiça", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em entrevista à rede CNN.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, também condenou o atentado. Cameron disse que os responsáveis pelo atentado contra a publicação são "doentes" e se solidarizou com o povo francês na luta contra o terrorismo. "Estamos com o povo francês na luta contra o terror e na defesa da liberdade de expressão", afirmou.

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, disse que a ação foi um ataque contra a liberdade de expressão e manifestou sua solidariedade com as vítimas, famílias e colegas.

A presidente Dilma Rousseff também lamentou o atentado. Para Dilma, além das perdas humanas, o atentado representa também um ataque à liberdade de imprensa.

UE

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, qualificou como "ato intolerável" o ataque contra o semanário. "É um ato intolerável, uma barbárie que nos preocupa a todos como seres humanos e como europeus", disse Juncker em um comunicado. Ele se declarou "profundamente consternado pelo ataque brutal e desumano". "Expresso em meu próprio nome e em nome da Comissão Europeia nossa máxima solidariedade com a França", acrescentou.

Já o presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, disse em sua conta do Twitter que estava "profundamente consternado" pelo ataque e que seus pensamentos estão com a equipe da revista, os policiais e familiares.

Egito

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, mostrou sua "enérgica" condenação ao atentado contra a sede da Charlie Hebdo. Segundo um comunicado oficial, Shoukry expressou a solidariedade do Egito à França e seu apoio na luta antiterrorista. Para o ministro das Relações Exteriores, "o terrorismo é um fenômeno internacional cujo alvo é a segurança e a estabilidade no mundo" e pediu que sejam unificados os esforços internacionais para acabar com ele. O texto também expressa as condolências do Egito às famílias das vítimas, ao povo e ao governo da França.

Dia de terror em Paris

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.