A chanceler alemã Angela Merkel pediu o fortalecimento das leis de segurança neste sábado, após o atentado ao jornal Charlie Hebdo e a morte de quatro reféns em incidentes terroristas em Paris e nos arredores da capital francesa.
Em seu discurso, Merkel destacou que um maior controle dos dados de passageiros de companhias aéreas se mantém na agenda da União Europeia. "Deixamos claro que o ato terrorista bárbaro na França é um desafio a todos nós para lutarmos pelos valores que defendemos", disse a chanceler em coletiva de imprensa.
O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, disse à revista Der Spiegel que um rascunho de uma lei que force as empresas aéreas a repassar ao governo informações de passageiros entrando ou saindo da União Europeia deve ser adotado rapidamente.
A adoção da medida, chamada de Diretiva de Registro de Nomes de Passageiros foi suspensa pelo Parlamento Europeu em 2014 devido a preocupações com a proteção dos dados de civis. Os ministros do Interior dos países do grupo devem discutir a medida em reuniões de emergência em Paris no domingo.
A União Social Cristã, partido da coligação da União Democrática Cristã, de Merkel, pediu a ampliação do quadro de funcionários de inteligência para aumentar a vigilância a radicais islâmicos que moram no país, incluindo 180 alemães e residentes que podem ter retornado de lutas na Síria e no Iraque.
Sem evidências concretas de que os indivíduos estão ligados a crimes que justificariam suas prisões, sua vigilância fica delegada às agências domésticas de inteligência da Alemanha, que há muito reclamam da limitação de recursos.
O governo alemão já deu início a leis para criminalizar tentativas de viajar par ao exterior para treinamento em combate e para impedir o financiamento de grupos terroristas. No próximo mês, o país adotará regras que permitem às autoridades apreenderem passaportes de supostos jihadistas. Também são discutidas normas para forçar as operadoras de telecomunicações a reter dados de comunicação de usuários.
Em comunicado, a União Democrática Cristã expressou luto pela morte das vítimas e por suas famílias, ressaltando que os ataques não foram apenas contra a França e seus habitantes. O partido também disse que não permitirá que atos de violência de muçulmanos arruínem a reputação do Islã "e, com isso, a de muitos muçulmanos vivendo pacificamente em nosso país". Fonte: Dow Jones Newswires.
- Vítimas mortas em atentado a supermercado são identificadas
- Manifestações silenciosas na França por Charlie Hebdo reúnem 200 mil pessoas
- Dilma indica embaixador para representá-la em marcha na França
- 'Não matamos civis', disse terrorista durante sequestro na França
- França já prendeu 13 suspeitos de envolvimento com ataques
- Valls pediu que cidadãos sejam "implacáveis com os inimigos da liberdade"
- Dois soldados ucranianos morrem em combates com os rebeldes pró-Rússia
- Ministro pede por vigilância e diz que todos estão expostos a riscos
- Hollande realiza reunião de emergência para discutir segurança nacional
- Cúmplice dos responsáveis pelos atentados de Paris é procurada pela polícia
- Sequestrador tinha preparado armadilha com explosivos no mercado de Paris
- França: primeiro-ministro admite falhas na prevenção ao ataque
- FBI alerta polícia nos EUA para ficar vigilante após ataques na França
- Obama demonstra apoio a França e alerta sobre ameaças de terrorismo
- Separatistas intensificam ataques na Ucrânia e deixam soldados mortos
- Forças de segurança na França permanecem extraordinariamente mobilizadas
- França enfrentou, mas não acabou com as ameaças, diz Hollande
- Três terroristas são mortos e Al Qaeda assume atentado ao Charlie Hebdo
- Polícia identifica suposto autor de ataque a mercado e assassinato de agente
- Autor francês deixa de promover livro controversos após ataque em Paris
STF abre brecha para anulação de milhares de condenações por improbidade administrativa
“ADPF das Favelas” caminha para o fim, mas deixa precedentes graves de ativismo judicial pelo STF
A ousadia do crime organizado
Trump confirma Musk em órgão de eficiência governamental e fala em novo “Projeto Manhattan”
Deixe sua opinião