Washington - Em seu mais longo pronunciamento sobre a Líbia, o presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a pedir a saída imediata de Muamar Kadafi e disse que deu ordens para o Pentágono preparar um leque de opções militares para resolver a crise.
Obama afirmou também que uma das opções em estudo é a criação de uma zona de exclusão aérea, proibindo voos sobre a Líbia defendida pelo premier britânico, David Cameron, entre outros.
Não disse explicitamente, porém, que vai adotar essa medida ou qualquer outro tipo de intervenção militar.
"Os EUA e o mundo continuam indignados pela violência cometida contra o povo líbio. Kadafi perdeu a legitimidade para comandar e tem de sair, disse o presidente americano após encontro com o do México, Felipe Calderón, na Casa Branca.
"Nós vamos continuar a enviar uma mensagem clara: a violência tem de parar, alertou.
A proposta da zona de exclusão vinha sendo tratada com cautela por Robert Gates, secretário de Defesa americano. Gates já advertiu que instaurá-la implicaria ataque para destruir as defesas aéreas do ditador líbio.
Justiça internacional
O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, afirmou que investigará Kadafi, seus familiares e integrantes do alto escalão da ditadura líbia pelos possíveis crimes cometidos por suas forças de segurança.
Segundo Moreno Ocampo, houve repressão violenta aos manifestantes antigovernistas em conflitos que, segundo estimativas, deixaram no mínimo mil mortos.
O TPI, disse ele, identificou pessoas no topo da cadeia de comando do regime líbio cuja responsabilidade será apurada.
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