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O comissário da Polícia de Boston, Ed Davis, confirmou nesta sexta-feira (19) a morte de um dos suspeitos do atentado ocorrido na segunda-feira (15) durante a maratona da cidade. O outro suspeito está foragido e é procurado na área de um shopping center na cidade de Watertown.
Davis confirmou as informações da emissora local WCVB e assegurou que o morto é o homem que na quinta-feira foi apresentado pelo FBI como o "suspeito 1", que usava um boné preto e óculos de sol.
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Em entrevista coletiva, a Polícia indicou que o segundo suspeito, que nas fotos divulgadas na quinta-feira (18) aparecia usando um boné branco, está foragido e é buscado em Watertown, ao oeste de Boston.
A polícia da cidade apresentou uma foto tirada pouco antes do início das operações de busca e captura desse suspeito, que, segundo Davis, "é extremamente perigoso" e está armado.
"Este homem é um terrorista, veio aqui para matar gente", advertiu Davis em entrevista coletiva conjunta com a Polícia de Watertown.
A Polícia, o FBI e a agência federal de explosivos e armas, a ATF, mantêm um intenso cerco com helicóptero e veículos blindados nas ruas de Watertown, onde acreditam ter cercado o segundo suspeito do atentado na maratona.
As autoridades temem que haja explosivos na área onde o indivíduo se esconde, mas descartam produzir detonações controladas por enquanto.
A Polícia de Watertown pediu aos moradores que não saiam de suas casas, a não ser que vejam um oficial uniformizado.
Ação policial começa após assassinato no MIT
A espetacular operação policial em Watertown começou após o assassinato de um agente no campus universitário do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
O tiroteio aconteceu pouco após as 22h30 locais (23h30 de Brasília), cinco horas depois de terem sido publicadas as primeiras fotos dos suspeitos dos atentados em Boston.
Após receber a queixa de um assalto em uma loja 24 horas no campus do MIT, o policial abordou dois indivíduos, que o receberam a tiros. Depois disso, os indivíduos sequestraram um carro e fugiram de Cambridge para Watertown, ferindo gravemente no caminho um agente do serviço de transporte público de Boston.
Em plena perseguição, como se fosse um filme de ação, os fugitivos lançavam explosivos de dentro do carro contra os agentes, segundo as testemunhas consultadas pelas televisões locais.
Após sofrer um acidente em um posto de gasolina e abandonar o veículo, o "suspeito número 1", segundo a identificação do FBI, foi morto, enquanto o segundo fugiu rumo a uma zona residencial próxima a um shopping center.
Por enquanto, a Polícia não quis revelar a identidade dos suspeitos do atentado que, na segunda-feira, matou três pessoas e feriu outras 176, mas o comissário Ed Davis confirmou que um deles morreu.
Autópsia
Durante a autópsia no corpo do suspeito morto pela polícia, balas e restos de explosivos foram encontrados - os últimos podem ter sido usados pelo próprio terrorista.
Esse fato motivou as autoridades de Boston a agir com extremo cuidado na perseguição e captura do outro suspeito, já que há a possibilidade de ele estar armado com explosivos e detoná-los se for acuado pela polícia.
Duas providências extremas foram tomadas na região de Watertown, o toque de recolher e a paralisação do transporte público. Esta seria uma forma de evitar grandes aglomerações de pessoas, reduzindo o risco de efeitos colaterais, evitando que inocentes fossem atingidos em caso de confronto.
Dois suspeitos de ataque em Boston são irmãos, diz autoridade
Os dois suspeitos do ataque com bombas em Boston são os irmãos Dzhokhar A. Tsarnaev, de 19 anos, e Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, afirmou na sexta-feira um funcionário da área de segurança dos EUA.
O irmão mais velho morreu em um tiroteio com a polícia, e o mais novo estava sendo procurado pela em uma caçada deflagrada em Watertown, nos arredores de Boston.
Os dois irmãos suspeitos são de origem chechena e residiam legalmente nos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira o canal de notícias "NBC". A Chechênia é uma região autônoma da Rússia.
As autoridades russas afirmam que os irmãos Tsarnaev não têm nenhuma relação atualmente com a Chechênia. "Os indivíduos suspeitos de terem perpetrado o crime em Boston não têm qualquer relação com a Chechênia", assegurou hoje Alvi Karimov, porta-voz do líder local, Ramzan Kadyrov, à agência russa "Interfax".
O funcionário explicou que "a família Tsarnaev há muitos anos se mudou da Chechênia para outra região". "Durante um longo tempo viveram no Cazaquistão e de lá emigraram para os Estados Unidos, onde os membros da família receberam permissão de residência", explicou.
Vítimas
Um dos três mortos nos atentados em Boston é um menino de 8 anos identificado como Martin Richard (foto abaixo), que estava aguardando a chegada do pai na maratona. Sua mãe, que também estava no local, sofreu traumatismo craniano, enquanto sua irmã, de 6 anos, perdeu uma perna. Nesta terça-feira, uma usuária do Facebook postou uma foto antiga de Martin em que o garoto que pede paz em um cartaz.
Outra vítima é Krystle Campbell (foto abaixo), de 29 anos. Ela vivia em Medford, Massachussets. "Minha filha era a mais amorosa das meninas. Ajudava a todos e estou muito chocado com tudo. Estamos devastados", disse o pai de Krystle. Ela estava na linha de chegada com um amigo esperando o namorado, que participava da corrida. Seu pai afirmou não saber se o jovem completou a maratona antes das explosões. A terceira pessoa morta foi um cidadão chinês que estudava da Boston University. A família não autorizou a divulgação do nome e a informação foi repassada pelo porta-voz da instituição.
A terceira vítima do atentado foi a chinesa Lu Lingzi (foto abaixo), segundo o jornal estatal chinês Shenyang Evening News. Segundo a publicação, ela era uma estudante da Universidade de Boston. A morte causou comoção e provocou manifestações antiamericanas na China.
O consulado chinês em Nova York disse em um comunicado na terça-feira que outro cidadão da China foi ferido e estava em condição estável após uma cirurgia.
O ministério das Relações Exteriores e o consulado Geral da China não anunciaram o nome da vítima a pedido da família. Mas na terça-feira, a mídia de Boston citou uma fonte chinesa do consulado Geral, dizendo que Lu Lingzi estava entre os desaparecidos após as explosões de segunda-feira.
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