A essa altura do jogo o que importa é o número de delegados e só a vitória acachapante de Hillary Clinton contra Bernie Sanders na Flórida, na última terça (15), já seria suficiente para fazer dela uma vencedora dessas primárias.
Mas Hillary venceu também em Ohio – um lugar onde os apoiadores de Sanders estavam discretamente otimistas a respeito das chances do candidato –, na Carolina do Norte, em Illinois e no Missouri (neste, por uma diferença de menos de 1%).
Agora, vencer não basta para Sanders. Ele precisa conquistar estados grandes por uma margem considerável se quiser fazer avanços significativos contra a vantagem de Clinton no número de delegados. Na terça (15), ele não fez isso. Mais uma vez.
Republicanos
Com a decisão de Rubio de deixar a corrida, ao establishment republicano restam duas opções para parar Trump: Cruz e Kasich. Cruz é odiado pelos membros do partido e as chances de vitória de Kasich são mínimas. Sua vitória não é totalmente impossível, mas é muito, muito, muito, muito improvável. Rubio foi por muito tempo o garoto de ouro do partido. Mas os eleitores não concordaram com isso.
Kasich
Quando há um Estado em que você tem de vencer e em que você vence, você vai parar na coluna dos vencedores. Ponto. Kasich ganha força por ter derrotado Trump em Ohio. Ele é uma figura querida entre os republicanos do estado.
Na contagem de delegados, é impossível que Kasich vença. Ele teria de ganhar mais de 100% dos que ainda estão disponíveis para chegar aos 1.237 necessários para ser o indicado do partido. Mas a campanha de Kasich não se importa com isso.
Trump
O establishment republicano está desesperado para concluir que a derrota de Trump para Kasich em Ohio faz da noite de terça (15) um revés para o magnata do ramo imobiliário porque o caminho para os 1.237 delegados de que necessita para garantir formalmente a indicação ficou mais difícil. Ou não ficou?
Trump já ganhou pelo menos 19 das 32 disputas que ocorreram até o momento na corrida republicana. Um desempenho muito bom.
Scott
Não, o governador da Flórida não apoiou nenhum dos candidatos republicanos na primária de seu estado. Mas não havia dúvidas de que Scott alimentava uma admiração por Trump. Scott permanece no grupo de potenciais escolhas para candidato a vice-presidente de Trump tendo em vista quão forte foi o apoio da Flórida ao Donald. É claro, Trump tem de ganhar a indicação antes.
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