Aferição feita por robôs mostrou que técnicos ainda não podem entrar na usina| Foto: Tokyo Electric Power Co/Reuters

Uma dupla de robôs entrou em 3 dos 6 reatores da usina nuclear de Fukushima 1 e detectou níveis de radioatividade excessivamente elevados para que técnicos possam entrar de novo no local.

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Havia a expectativa de que já fosse possível o retorno de trabalhadores ao local para a continuidade dos esforços de resfriamento dos núcleos dos reatores, a fim de evitar o superaquecimento e um consequente agravamento da crise nuclear que atinge o Japão.

Os técnicos da Tepco, empresa que gerencia a usina de Fuku­­shi­­ma – que foi afetada pelo megaterremoto seguido de tsunami de 11 de março –, não entram nos prédios dos reatores desde os primeiros dias depois da catástrofe.

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Explosões que danificaram o teto dos prédios e parte do sistema de contenção dos reatores tornaram excessivamente alto o risco do ingresso no local para os técnicos.

O resultado das medições, po­­rém, não alterou o cronograma de nove meses anunciado na véspera pela empresa para solucionar a crise.

O plano prevê a instalação de novo sistema de resfriamento na usina, a redução dos níveis de ra­­diação e a recuperação dos tetos dos prédios onde estão os reatores.

Já o governo japonês estimou em seis a nove meses o tempo necessário até que as pessoas re­­movidas do entorno de Fukushi­­ma, no nordeste do país, possam retornar.

Pressão

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A demora na resolução da crise aumenta a pressão sobre o governo japonês. Pesquisa divulgada ontem por jornais do Japão revelam que quase 70% da população quer a saída do premiê Naoto Kan, e um índice similar dos entrevistados considerou a resposta do governo à crise nuclear como não aceitável.

Ao menos 13 mil mortes foram confirmadas em decorrência da tragédia, mas outras 14 mil pessoas são consideradas desaparecidas. E dezenas de milhares de pessoas tiveram de sair de casa.

Alimentos

O governo proibiu on­­tem a venda do cogumelo shitake cultivado próximo a Fukushima. O secretário de Gabinete, Yukio Eda­­no, disse que a proibição é consequência dos altos níveis de radiação detectados no cogumelo, co­­mum na ali­­mentação dos japoneses.

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