Ministra de Finanças francesa ganha força na disputa sucessória
O Fundo Monetário Internacional (FMI) abriu ontem, oficialmente, a corrida para definir quem vai ocupar a diretoria-geral. A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, de 55 anos, saiu na frente, com a falta de articulação dos países emergentes para indicar um nome forte para a disputa.
Strauss-Kahn afirma que acusações são "pesadelo"
O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn disse a colegas que as acusações de agressão sexual contra ele são "um pesadelo pessoal" e insistiu que ele será inocentado. Num e-mail datado em 22 de maio e enviado a funcionários do FMI ao redor do mundo, Strauss-Kahn expressou "profunda tristeza e frustração" por ter sido obrigado a renunciar a sua posição na instituição para enfrentar as acusações.
"Eu nego veementemente as possíveis alegações que eu enfrento agora. Eu estou confiante de que a verdade vai aparecer e eu serei inocentado", escreveu Strauss-Kahn. "Entretanto, não posso aceitar que o Fundo e vocês, queridos colegas, tenham, de alguma forma, que partilhar o meu pesadelo pessoal. Então, eu tive de partir."
Strauss-Kahn foi preso no dia 14 de maio no Aeroporto John F. Kennedy International, em Nova York, após uma camareira do luxuoso hotel Sofitel, localizado na Times Square, acusar o político francês de tê-la atacado e tentado violentá-la algumas horas antes.
O ex-diretor foi libertado após pagar fiança, mas está sob prisão domiciliar em um apartamento em Manhattan. (AE)
Investigadores encontraram mostras do DNA de Dominique Strauss-Kahn na roupa da camareira que acusa o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) de tentativa de estupro, segundo as redes de tevê norte-americanas NBC e ABC. As informações não foram, porém, confirmadas pela polícia nem pela Promotoria.
Segundo a emissora NBC, foi achado sêmen do francês no colarinho da roupa da empregada do hotel em Nova York, onde ele havia se hospedado dos dias 13 a 14 deste mês. Os resultados dos exames de DNA efetuados em Strauss-Kahn, em sua suposta vítima e na suíte do hotel Sofitel de Nova York, onde teria ocorrido o abuso sexual, eram aguardados para o início desta semana.
Uma porta-voz do tribunal, Erin Duggan, havia declarado ontem de manhã que nada seria comunicado antes do processo, e repetiu a mesma posição à tarde. Os exames devem confirmar se houve ato sexual, mas a prova de violência sexual é mais difícil de ser verificada, ressaltam especialistas.
Strauss-Kahn, de 62 anos, está atualmente em um apartamento no sul de Manhattan que pertence à companhia encarregada de sua estrita segurança e onde só pode ficar por alguns dias. Por enquanto, ele só é autorizado a sair por razões médicas. Quando for transferido à residência "definitiva" enquanto durar o julgamento, Strauss-Kahn terá direito a assistir a audiências judiciais, reuniões com seus advogados, visitas ao médico e à sinagoga.
Strauss-Kahn deixou a prisão de Rikers Island em troca de condições estritas, entre elas o pagamento de uma fiança de um US$ 1 milhão em dinheiro e outros US$ 5 milhões em garantias. Ele também está usando um equipamento eletrônico para facilitar a vigia dos policiais.
Contestação
Um grupo de 679 funcionárias do FMI assinou carta ao jornal The New York Times contestando o conteúdo de texto do jornal que indicava a existência de ambiente propício a envolvimento pessoal entre chefes e subordinadas na instituição.
Na matéria, o FMI era descrito com um local com regras de combate ao assédio sexual mais flexíveis do que nos Estados Unidos e com rotina que propicia o relacionamento.
Na carta, as mulheres dizem se sentir "insultadas" e não ver "o quadro pintado" pelo jornal norte-americano.
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