O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou nesta segunda-feira (13) que a ajuda na Síria será seu primeiro projeto humanitário em nível mundial em 2013, dada a grave e crescente situação do conflito no país.
O CIRV solicitou um total de 50,5 milhões de euros adicionais com o objetivo de aumentar suas atividades de assistência em favor da população civil síria, afetada gravemente pela violência no país.
Por isso que o orçamento total do CICV para as atividades na Síria em 2013, com esses fundos adicionais, será elevado a 82 milhões de euros, o que representa a maior operação da instituição em nível mundial, por isso que respeita o orçamento.
Tudo isso é devido a existente brecha cada vez maior entre as necessidades da população síria e a resposta humanitária no terreno.
Com relação a isso, o chefe das atividades operacionais do CICV para o Oriente Médio, Robert Mardini, disse que "até o momento, milhões de civis na Síria e em outros países receberam ajuda. No entanto, a resposta humanitária geral às crescentes necessidades de milhões de sírios continua sendo insuficiente e há obstáculos pelas restrições de segurança e pelos excessivos controles militares e burocráticos".
"Apesar de pedirmos em repetidas ocasiões às partes no conflito que respeitem as normas básicas da guerra, na realidade no terreno não se percebe nenhuma melhora. Seguem sendo registrados centenas de mortos e feridos por dia. Milhares de pessoas estão detidas ou desaparecidas. E ainda assim, continuam os ataques contra instalações e o pessoal da saúde", acrescentou Mardini.
As consequências dos mais de dois anos de conflito é que mais de quatro milhões de pessoas se deslocaram dentro da Síria e foi registrado de 1,2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos.
- Síria nega ser responsável por ataques na Turquia
- Após atentados, Turquia diz que mundo precisa agir contra Síria
- Abdullah II diz ter tomado medidas para proteger a Jordânia da crise síria
- Mortos em guerra síria sobe para 82 mil, diz grupo de oposição
- Hezbollah acusa "inteligência internacional" de perpetrar atentado na Turquia