O Zimbábue suspendeu temporariamente a exportação de avestruzes e aves domésticas devido ao surto de gripe aviária, causado pelo vírus H5, em duas granjas da província de Matabeleland, segundo informou o jornal estatal 'The Herald'. Foi confirmado, graças a amostras enviadas à África do Sul, que a infecção foi causada pelo vírus H5N2, o que significa que não está relacionado aos focos registrados na Europa e no sul da África.

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O H5N2 é o mesmo tipo de vírus que se registrou em julho do ano passado no sul da África do Sul, o que impediu esse país de exportar seus produtos de avestruz a partir de agosto de 2004. A erradicação da doença foi conseguida através de medidas aplicadas de acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde Animal, que instituiu a quarentena nas zonas produtoras das províncias do Cabo Oeste e Leste.

Todas as granjas de aves do Zimbábue foram postas em quarentena, segundo declarações do diretor dos serviços veterinários, Stuart Hargreaves, segundo informou "The Herald".

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Depois da realização dos testes, verificou-se que só duas granjas foram afetadas. O resto dos estabelecimentos de criação de aves domésticas deram negativo, segundo um informe citado pelo jornal.

Outros países, como o Quênia, Tanzânia, Congo-Brazaville, Angola, Gana e Sudão adotaram proibições a importações de aves vindas das nações onde a presença do H5N1 foi detectada, o vírus mais mortal associado à doença.

Em um continente onde milhões de pessoas apresentam um sistema imunológico muito debilitado, devido à má nutrição crônica ou devido ao vírus da Aids, o surgimento da doença, se chegar a se desenvolver em humanos, pode ser devastadora.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que o vírus H5N1 possa se combinar com um vírus comum da gripe e se tornar transmissível entre humanos, dando origem a uma pandemia que poderia matar milhões de pessoas.

Desde sua aparição em novembro de 2003 na Coréia do Sul, a gripe aviária causou a morte de mais de 60 pessoas na Ásia, mas o contágio humano se produziu, até agora, agraves do contato direto e prolongado com animais infectados.

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