Três pessoas, incluindo uma jornalista egípcia, foram mortas no Cairo nesta sexta-feira (28) em um confronto entre a polícia e islamistas que protestavam contra a candidatura do ex-chefe do exército do país, Abdel-Fattah el-Sissi, à Presidência.
Defensores do presidente deposto Mohamed Morsi tomaram as ruas de várias cidades do Egito para demonstrar repúdio a el-Sissi, que derrubou o líder islamista nove meses atrás. El-Sissi anunciou nesta semana sua renúncia ao cargo para concorrer à Presidência do país nas eleições marcadas para abril.
Mayada Ashraf, que trabalhava para o jornal privado Al-Dustour, levou um tiro na cabeça enquanto fazia uma reportagem sobre os confrontos no bairro de Ein Shams, segundo uma autoridade de segurança local. O jornal confirmou a morte da jornalista. A fonte acrescentou que mais duas pessoas morreram no mesmo confronto.
Antes da morte de Ashraf, o comitê de proteção a jornalistas informava que nove profissionais haviam sido mortos no Egito desde a revolta popular que tirou do poder o ditador Hosni Mubarak, no início de 2011.
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