Um navio mercante levando tanques e armas mantido por piratas na costa da Somália desde setembro foi libertado, anunciou o presidente da Ucrânia nesta quinta-feira (5). Um porta-voz dos proprietários do MV Faina afirmou na quarta-feira que um resgate foi pago aos piratas.
O breve comunicado do presidente Viktor Yushchenko não se refere ao resgate, mas diz que a embarcação foi liberada como resultado de uma operação envolvendo agentes dos serviços especiais ucranianos.
O Faina estava lotado com equipamentos militares e havia temor de que as armas ficassem com insurgentes somalis ligados à rede terroristas Al-Qaeda.
Segundo a agência russa Itar-Tass, a porta-voz presidencial Irina Vannikova disse que "o navio está agora sob a guarda de forças da Marinha dos EUA e se preparando para seguir ao porto queniano de Mombasa".
Um dos piratas disse, por telefone satélite, que alguns dos piratas permaneciam a bordo. "Nós não estamos mais mantendo-o", afirmou Aden Abdi Omar, um dos que deixaram o navio. "Mas nossos homens devem desembarcar primeiro para que ele possa seguir para onde queira."
A Marinha norte-americana informou que aparentemente um resgate foi mesmo pago na quarta-feira. A Itar-Tass afirmou que o resgate pago era de US$ 3,2 milhões, mas o valor não foi confirmado oficialmente.
O MV Faina carregava uma carga de tanques, outras armas e cerca de 20 tripulantes ucranianos. Ele foi capturado em setembro, perto da costa somali. Navios da Marinha norte-americana cercavam a embarcação, a fim de que insurgentes não se apoderassem da carga.
No ano passado houve um aumento dos casos de pirataria na Somália. Um total de 111 ataques em navios ocorreram, com 42 deles capturados. A Somália não tem uma guarda costeira nem uma Marinha, pois não tem um governo que controle de fato o país desde que senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre, em 1991. Eles então passaram a combater entre si, deixando a Somália em situação caótica. As informações são da Associated Press.
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