O Vaticano vai realizar em maio uma conferência internacional sobre prevenção e cuidados de pacientes com aids, em meio à confusa posição da igreja sobre o uso de preservativos como forma de evitar a transmissão do HIV.

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O Conselho Pontifical para Trabalhadores da Saúde do Vaticano também disse nesta quinta-feira que trabalha numa série de diretrizes para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde católicos sobre os cuidados com pessoas com HIV e aids.

O papa Bento XVI foi parar nas manchetes no ano passado quando disse, em entrevista para um livro, que alguém - como um prostituto masculino - que use preservativo para evitar a transmissão demonstra um sinal de conduta moral porque busca o bem-estar de outra pessoa. O comentário deu início a uma série de discussões sobre se o papa estava justificando o uso do preservativo e contrariando a doutrina da igreja, que se opõe à contracepção. O Vaticano afirmou que ele não quis dizer isso.

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O monsenhor Jean-Marie Mpendawatu Mate Musivi, subsecretário do escritório de Saúde do Vaticano, disse aos jornalistas hoje que esclarecimentos sobre as declarações do papa serão feitos na conferência marcada para 28 de maio, para a qual integrantes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) e outros pesquisadores da área foram convidados. "Há um problema de compreensão, de explicar bem as coisas e o que o papa realmente disse", afirmou.

Ele destacou que a posição da igreja sobre como lutar contra a aids vai além da questão dos preservativos e se concentra em programas de prevenção nas escolas, comunidades e famílias. A igreja costuma enfatizar que a abstinência e casamentos monogâmicos são a melhor forma de prevenir a transmissão do HIV. As informações são da Associated Press.