Para Bush, saída do Iraque seria "devastadora"

Ao marcar o quarto aniversário da guerra no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu os norte-americanos na segunda-feira que uma retirada precipitada das tropas teria consequências devastadoras para a segurança dos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a entrar em confronto com os democratas nesta terça-feira, que controlam o Congresso, por causa da lei de financiamento da guerra do Iraque, e não há perspectiva de um fim para o impasse, centrado na definição de um prazo para a retirada das tropas norte-americanas.

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Numa entrevista nos jardins da Casa Branca, Bush criticou os democratas por terem entrado em recesso de primavera sem aprovar a verba de 100 bilhões de dólares para os soldados norte-americanos que estão no Iraque e no Afeganistão.

Bush repetiu a promessa, já quase diária, de vetar a legislação aprovada no mês passado no Senado e na Câmara, que impõe um cronograma para a retirada dos soldados. Se ele vetar a lei, os parlamentares terão que começar uma nova medida sobre o financiamento do zero.

- Os líderes democratas do Congresso parecem mais interessados em envolver-se em batalhas políticas em Washington que em dar a nossos soldados o que eles precisam para ganhar as batalhas no Iraque - disse Bush, que é republicano.

A investida de Bush no impasse que já dura semanas foi rapidamente respondida pelo líder da maioria no Senado, Harry Reid, e outros democratas.

Reid, que na segunda-feira aprovou um projeto de lei que corta o financiamento da guerra daqui a um ano, disse que os parlamentares estão mandando para Bush uma medida que manterá as tropas guarnecidas.

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- Se o presidente vetar essa medida ele é que terá atrasado o financiamento às tropas, mantendo sua estratégia pelo fracasso - disse o senador.

O governo acredita que os norte-americanos vão ficar do lado de Bush, concluindo que os democratas estão colocando os soldados em risco, mas os democratas acham que serão vistos como quem está salvando os EUA de um desfecho ainda pior no Iraque.

Bush tem a difícil tarefa de tentar convencer os americanos a ficar ao seu lado, apoiando uma guerra que já dura quatro anos e que matou mais de 3.200 soldados norte-americanos.

Os democratas conquistaram a maioria do Congresso nas eleições de novembro, com base em sua oposição à guerra no Iraque, e as pesquisas de opinião mostram que eles ainda contam com apoio popular.

A legislação aprovada pela Câmara estabelece o prazo de 1o de setembro de 2008 para a retirada completa dos soldados de combate. A aprovada pelo Senado determina que a retirada comece antes, mas estabelece como prazo final o dia 31 de março de 2009.

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- Não podemos continuar com uma política em relação ao Iraque baseada em contos de fada. A maioria tanto na Câmara quanto no Senado votou para mudá-la. O presidente deveria juntar-se a nós", disse o deputado democrata pelo Illinois Rahm Emanuel.