Adesão pequena de empresas não impediu a aglomeração de trabalhadores no Terminal Urbano. Esse era um dos objetivos da flexibilização do horário| Foto: Gilberto Abelha / Jornal de Londrina

Reunião procura redefinir estratégias para informar população sobre a gripe A em Londrina

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Londrina recebe remédio contra a gripe

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Apenas algumas lojas aderiram ao novo horário do comércio em Londrina nesta sexta-feira (7), primeiro dia após a recomendação da Associação Comercial e Industrial (Acil) para que os estabelecimentos atrasassem a abertura e o fechamento em 30 minutos. A medida visa evitar o contágio de pessoas com a gripe A em ônibus e outras aglomerações, uma vez que somente os trabalhadores do setor somam cerca de 40% dos usuários do sistema de transporte coletivo. Segundo informações da TV Coroados, a maior parte do comércio abriu as portas normalmente.

Funcionários e clientes ainda resistem à proposta. Apesar disso, a expectativa da Acil é que a adesão aumente nos próximos dias. A proposta é simples: as empresas que abrem as 8h30 e fecham as 18h30, passarão a funcionar das 9h às 19h. Já os prestadores de serviço, como os escritórios, começarão o expediente em horário normal, adiantando o fechamento em 30 minutos. O tempo faltante será compensado no horário de almoço. No entanto, a adesão ao novo horário é opcional.

"Com a medida, procuramos evitar que houvesse a propagação do vírus nos horários de pico no transporte público", explica Marcelo Cassa, presidente da Acil.

Saúde

No setor de saúde o problema é a sobrecarga de serviço. Na manhã desta sexta, a prefeitura informou que alguns enfermeiros pediram demissão do Centro de Referência da Gripe, que funciona no Pronto Atendimento Municipal (PAM). Já nos hospitais, pelo menos 42 funcionários estão de licença por apresentar sintomas da gripe A. "Se os profissionais de saúde começarem a ficar doente, não teremos mais quem possa atender a população", segundo o diretor da Santa Casa, Fahd Haddad.

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Reunião

Representantes do Ministério Público, da Santa Casa e das secretarias estadual e municipal de saúde se reuniram na sede da Acil em Londrina nesta manhã para melhorar a orientação para as pessoas que apresentam sintomas de gripe. Por dia mais de mil pessoas têm procurado atendimento em Lodrina. A maioria sem necessidade.

"O que nós notamos é que se todas as pessoas com sintomas leves de gripe procurarem o sistema de saúde nós não teremos estrutura para dar uma resposta rápida para essa demanda", diz o promotor público Paulo Tavares. Na reunião, também foi discutido a lotação dos hospitais e estratégias de tratamento. A proposta da prefeitura é ampliar a distribuição do medicamento Tamiflu, que nesta quinta-feira (6) esbarrava na falta do remédio na cidade. Segundo a regional de saúde, um novo estoque já chegou ao município.

O movimento nos postos de atendimento continua grande na cidade. No posto de saúde do Jardim Leonor, cuidados com a higiene básica deixaram a desejar. Nos banheiros faltava sabonete para os pacientes lavarem as mãos. O secretário municipal de saúde, Agajan der Bedrossian, disse que esse foi um problema pontual. "Estranho que isso tenha acontecido nessa unidade. Evidentemente, não há falta de sabão e outros materiais de higiene básicos. Algo aconteceu". O secretário também informou que a situação será regularizada e a responsabilidade por ela será apurada.

Rolândia

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Em Rolândia mais de 100 pacientes com suspeita de estarem com a nova gripe estão sendo monitorados. Um caso da doença já foi confirmado. A procura por atendimento é tão grande que a prefeitura teve que abrir vagas para trabalhadores temporários.

Somente nas unidades básicas o movimento cresceu 100%. A maioria dos pacientes reclama de problemas respiratórios. Os postos estão procurando separar os casos suspeitos de pacientes que procuram o serviço por outros motivos. A prefeitura também pediu que os pacientes também adiem consultas de rotina.

Além de ampliar o plantão dos médicos, a secretaria municipal de saúde também recrutou 10 auxiliares de enfermagem em caráter temporário para reforçar o atendimento nos postos. A medida deve compensar algumas baixas no setor.