O presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari, afirmou que a entidade entregará na tarde desta quarta-feira (12) ao Ministério Público do Trabalho (MPT) um pedido de restrição ao atendimento nas agências bancárias na cidade em razão da gripe A H1N1. Medida semelhante já foi adotada na região de Curitiba, com as filas sendo deslocadas para o lado de fora dos bancos. Em Maringá, o sindicato local entrou com o pedido de intervenção na tarde da terça-feira (11).

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O procurador do MPT de Londrina Luis Michele Fabre disse que a entidade deve acatar o pedido do sindicato e ajuizar na quinta-feira (13) uma ação cautelar na Justiça do Trabalho. De acordo com Fabre, o encaminhamento será adotado após a leitura do documento, que será entregue pelos sindicalistas, e ajustado a realidade de Londrina. "A decisão é despachada rapidamente, então se ajuizarmos nesta quinta, no mesmo dia teremos uma decisão pelo sim ou pelo não", comentou.

Crivellari informou a Vigilância Sanitária entregou na terça-feira recomendações, como a disponibilização de álcool gel, para evitar a proliferação do vírus nas agências bancárias. "Alguns bancos já estão adotando essas medidas, mas são ações individualizadas. Por isso, vamos entregar esse pedido de restrição ao Ministério Público para que as ações sejam iguais em todas as agências", afirmou.

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Segundo o presidente do sindicato, o medo de contaminação pela nova gripe tem levado bancários a trabalharem usando máscaras. "Os bancos são lacrados, por questões de segurança. Como não há janelas, eles dependem do ar-condicionado, o que aumenta os riscos de proliferação do vírus. Outro fator que preocupa é que o próprio dinheiro é um grande meio contaminador, pois a sua circulação entre as pessoas é muito grande", disse.

De acordo com Crivellari, nos últimos dias o sindicato se reuniu com as gerências regionais dos bancos pedindo que medidas de prevenção fossem adotadas, entre elas a restrição no atendimento. No entanto, o sindicalista afirmou que os diretores locais afirmaram não ter autonomia para tomar medidas como essa.

No pedido que será entregue ao MP, o sindicato também solicita que as bancárias que estejam grávidas sejam afastadas temporariamente, como já ocorreu entre as servidoras municipais. "Não temos um dado concreto de quantos bancários foram afastados com sintomas de gripe e quantas gestantes estão trabalhando. No entanto, estamos preocupados, pois elas integram o grupo de risco", explicou.