Pode ocorrer já neste fim de semana o sacrifício dos 137 animais do Sítio Medianeira, em Japorã (MS), onde a febre aftosa reapareceu poucos meses antes de o governo local solicitar o status de livre da doença. É o que informou o superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, José Antônio Felício.
Não há necessidade técnica de o abate sanitário ser estendido para as propriedades vizinhas ao sítio, onde vivem cerca de 20,5 mil animais, acrescentou o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Jorge Caetano Júnior. Ele explicou que isso se deve ao fato de a região afetada ainda não ter sido declarada livre do problema e, por isso, continuar submetida a barreiras sanitárias.
Foi no município de Japorã que o ministério identificou, no ano passado, o maior número de casos de aftosa. Somando o foco anunciado nesta quinta-feira, foram identificados na cidade 23 dos 34 constatados em Mato Grosso do Sul. Os demais casos tinham ocorrido, também em 2005, em Eldorado e Mundo Novo, cidades vizinhas.
Nas propriedades afetadas de Japorã em meses anteriores, já tinham sido sacrificados 27.170 animais, na tentativa de se evitar disseminação do vírus. Ao todo, os abates atingiram 33,7 mil animais.
Segundo Caetano, os animais da Medianeira não tinham vacinação desde maio, porque a cobertura vacinal da doença acabou sendo suspensa após o aparecimento dos focos na região. Ele disse, no entanto, que foram poucos os bovinos que apresentaram "sorologia positiva" à aftosa: apenas 22 dos 137 da propriedade.
As normas técnicas exigem que todo o rebanho da propriedade seja sacrificado, porque se trata de uma "unidade epidemiológica."
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