Ainda na manhã desta quinta-feira, os varredores tinham voltado ao trabalho, cumprindo exigência de efetivo mínimo determinada pela Justiça.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), que representa garis, varredores e coletores de lixo, e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Paraná (Sitro), que representa os motoristas dos caminhões de lixo, aceitaram a proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) e chancelada pela desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), Ana Carolina Zaina, para reajustes salarial e de benefícios da categoria. A proposta foi apresentada durante a audiência de conciliação na tarde dessa quinta-feira.

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A Cavo, empresa responsável pela limpeza na cidade, também aceitou a proposta. Dessa forma, os trabalhadores de ambos os sindicatos, que estavam com os serviços paralisados desde terça-feira, encerraram a greve e retornaram ao serviço com 100% do efetivo a partir do turno noturno de quinta, iniciado às 19 horas. A reportagem da Gazeta do Povo esteve na sede da empresa e confirmou a retomada do serviço.

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A proposta aceita prevê reajuste salarial de 10% –que engloba a compensação da inflação, equivalente a 7,7% pelo INPC, e um aumento real de 2,14%. Está previsto também um reajuste de 16,41% (índice da cesta básica em Curitiba) para os vales-alimentação e refeição.

A folha salarial será retroativa a 1.º de março. Os dias retroativos serão pagos até o dia 15 de abril em folha complementar e o aumento retroativo dos vales-alimentação e refeição serão pagos da mesma forma até o dia 20 de abril. Não haverá desconto dos dias paralisação.

O impacto do reajuste no custo do serviço de limpeza pública será de R$ 10,7 milhões para este ano e será absorvido pela prefeitura e pela Cavo, evitando repasse para a taxa de lixo paga pela população. A prefeitura vai assumir apenas o aumento relativo ao INPC do período e o restante a Cavo absorverá.

“A cidade vem conseguindo enfrentar esse momento de crise financeira de maneira bastante razoável. A prefeitura sempre defende o interesse de toda a população, apelando para a compreensão dos diferentes atores, dos sindicatos, da empresa”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima.

Atualmente, segundo a prefeitura, a gestão de resíduos custa R$ 180 milhões por ano ao município, enquanto a receita proveniente da taxa de lixo é de R$ 80 milhões. A diferença é subsidiada com recursos públicos. Com o reajuste definido agora, o custo do serviço subirá R$ 10,7 milhões em 2015.

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A greve começou por causa do impasse no reajuste salarial. Os trabalhadores pediam 20% nos vencimentos e 30% a mais nos vales alimentação e refeição, enquanto a empresa oferecia 9% sobre os salários e 10% para os benefícios.