Após a audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a greve dos trabalhadores de hospitais particulares e filantrópicos foi encerrada na noite desta quinta-feira (5). A paralisação durou dois dias. Ficou acordado que a categoria retorna às atividades a partir das 7h desta sexta-feira (6).
O movimento paralisou parcialmente o atendimento em pelo menos cinco das 12 instituições com trabalhadores vinculados ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), que comanda a greve, nesta quinta-feira (5). Segundo levantamento divulgado pelos hospitais afetados, 154 procedimentos cirúrgicos deixaram de ser realizados nos dois dias de paralisação.
O sindicato da categoria e o sindicato patronal estiveram reunidos desde as 15h desta quinta-feira (5) em audiência conciliatória conduzida pela desembargadora Ana Carolina Zaina, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9).
Segundo o Sindesc, a proposta conciliatória não foi considerada satisfatória pelos trabalhadores, mas a categoria resolveu aceitar o acordo para evitar o dissídio coletivo.
O sindicato patronal avaliou que o fim da greve foi um consenso entre as partes para não prejudicar ainda mais a população. O Sindipar entende que houve um desgaste desnecessário durante as negociações. A entidade ressaltou ainda que o reajuste salarial acordado foi superior à medida inflacionária.
Proposta
A proposta prevê reajuste de 8% para quem ganha o piso e 10% para quem ganha acima do piso salarial, sendo 6,8% retroativos para maio e 1,2% para janeiro de 2015. A data base fixada é 1º de maio. O auxílio-alimentação será de R$ 300 e o adicional de insalubridade ficou em R$ 750 em maio e R$ 850 a partir de janeiro do próximo ano.
Segundo o Sindesc, foi acordado também que não seja declarada abusividade da greve e que a compensação dos dias parados se dará em 1h30 por mês, até 30 de abril de 2015. Não haverá desconto dos dias parados. Para o Sindipar, a não declaração da abusividade teve o objetivo de não prolongar ainda mais as negociações e, por consequência, o fim da greve.
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