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Após detenções em BH, novo ato contra reajuste do ônibus é convocado

Cerca de 60 detidos durante um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (12), foram liberados durante a madrugada, mas já convocam nova manifestação para esta sexta (14).

Organizado pelos movimentos Passe Livre BH e Tarifa Zero, o ato questiona o reajuste do valor das passagens de R$ 3,10 para R$ 3,40 no fim de julho.

Um juiz de primeira instância chegou a derrubar o aumento, mas a decisão foi revogada pelo Tribunal de Justiça de Minas. Na terça (11), a Defensoria Pública entrou com uma ação que questiona o novo valor.

O protesto reuniu ao menos 300 pessoas no centro da capital mineira, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes se reuniram na praça Sete e saíram em passeata na avenida Afonso Pena.

Na rua da Bahia, houve conflito com o batalhão de choque da PM. Para dispersar o movimento, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha.

Após a confusão, os policiais detiveram cerca de 60 pessoas. Elas foram levadas a uma delegacia e liberadas após depoimento.

O novo protesto está marcado para ocorrer no mesmo local do anterior, a partir das 17h.

Decreto

Em junho, as empresas de trânsito enviaram um estudo à prefeitura em que apontavam a necessidade do aumento das passagens.

Quando o decreto que reajustava os preços foi publicado, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, e o secretário de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, argumentam que a mudança ocorreu para manter “equilíbrio operacional entre os serviços” e que foram considerados os custos operacionais e as condições para revisão de contrato.

A Defensoria Pública e os movimentos contra o aumento contestam o estudo.

A alta das tarifas havia motivado protestos na capital mineira. Em janeiro, um ato reuniu 400 pessoas, que queimaram pneus em frente à sede do sindicato das empresas de transporte coletivo. À época, o preço havia subido de R$ 2,85 para R$ 3,10.

Em nota, o governo de Minas classificou o episódio como “lamentável” e afirmou que pediu apuração “rigorosa” dos fatos.

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