A reforma da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) foi orçada em R$ 1,52 milhão, por engenheiros da Paraná Edificações, submetida à Secretaria de Infraestrutura e Logística. A estimativa foi encomendada pela Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), depois que mais de 80% da penitenciária ficou destruída com a rebelião dos dias 24 e 25 de agosto. Com cinco presos mortos e 20 das 24 galerias destruídas, essa foi a pior revolta em presídios paranaenses desde 2010.
O Departamento de Execução Penal (Depen) repassou a informação à Procuradoria Geral do Estado (PGE), pedindo dispensa de licitação para a realização das obras, já que se trata de um "serviço emergencial", segundo a assessoria de imprensa da secretaria. Se aprovada a solicitação, uma empresa local será contratada e o tempo estimado para as obras é de 90 dias.
A PEC tem atualmente espaço para 300 presos. Informações do Mapa Carcerário dão conta que 298 encarcerados estavam no local, no último dia 21. Os estragos da rebelião reduziram a capacidade do presídio de 1.116 para 222 vagas, número que aumentou após a limpeza de um setor na galeria nove que não ficou destruído.
Segurança máxima
Entre quinta (18) e sexta-feira (19) da semana passada, treze presos de diferentes unidades do estado foram transferidos para a Penitenciária Federal de Catanduvas, unidade de segurança máxima no Oeste do estado. Sete deles seriam os comandantes da rebelião em Cascavel.
A revolta dos condenados no Oeste paranaense desencadeou uma onda de motins no estado. A cadeia do minipresídio de Guarapuava teve uma revolta em 7 de setembro e a Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (Peco) enfrentou uma rebelião no dia 11. Já a Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) enfrentou motins entre 12 e 13 e no dia 16 de setembro.